Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Um passe de mágica

'O Menino que Queria Ser Rei', uma aventura que compreende quão assustadora e fabulosa pode ser a infância

Por Isabela Boscov Atualizado em 25 jan 2019, 07h00 - Publicado em 25 jan 2019, 07h00

Alex (Louis Ashbourne Serkis) tem 12 anos mas já percebeu que adultos raramente são parte da solução dos problemas, e frequentemente constituem sua causa. Na escola (a caminho da qual, nas bancas de jornal, as manchetes anunciam que o mundo vai de mal a pior), ele e o amigo Bedders (Dean Chaumoo) enfrentam os abusos de duas crianças mais velhas. Com o rosto sangrando, Alex vai parar na sala da diretora, que aconselha resignação. Em casa, a mãe não entende que dar nome aos agressores é garantia de que eles redobrem a violência. Alex acredita que seu pai compreenderia essa regra. Não fosse o fato, claro, de ele ter dado no pé anos antes. Não existe mágica que resolva uma situação como essa. Ou existe? Quando Alex puxa uma velha espada de uma pedra numa construção abandonada, ele põe em marcha uma história antiga, e sempre nova: a de que alguma força, no universo, recompensa e também sobrecarrega os corações puros com uma missão especial.

O inglês Joe Cornish lançou-se em 2011 com o cult Ataque ao Prédio, sobre uma gangue adolescente que repele uma invasão alienígena no bairro londrino de Brixton. Agora, em O Menino que Queria Ser Rei (The Kid Who Would Be King, Inglaterra/Estados Unidos, 2019), que estreia no país nesta quinta-feira, ele reprisa sua alquimia original entre fantasia e realismo: Alex é o rei Arthur redivivo e, como ele, tem de unir inimigos e curar uma nação — ou um mundo, dada a globalização — em convulsão. Filho do ator Andy Serkis, Louis personifica a coragem leonina sob a doçura, e cumpre sua saga na companhia de um elenco ótimo — com realce para o delicioso Angus Imrie como o jovem mago Merlin. Acima de tudo, Cornish reconhece a aventura terrível, excitante e misteriosa que é a infância, tão oprimida pela regência inepta dos adultos e ainda assim tão plena de esperança.

 

Publicado em VEJA de 30 de janeiro de 2019, edição nº 2619

Envie sua mensagem para a seção de cartas de VEJA Qual a sua opinião sobre o tema desta reportagem? Se deseja ter seu comentário publicado na edição semanal de VEJA, escreva para veja@abril.com.br
Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.