Tony Scott atribui carreira cinematográfica ao irmão, Ridley Scott
Em entrevista, o cineasta morto neste domingo disse que o irmão foi seu mentor ao longo da vida
O diretor Tony Scott, morto neste domingo após se jogar de uma ponte em Los Angeles, revelou em entrevista ainda inédita a estreita relação de amizade e admiração que mantinha com o irmão, o também cineasta Ridley Scott. Tony foi entrevistado pela revista americana The Hollywood Reporter poucas semanas antes de sua morte para ajudar a compor o perfil de Ridley, publicado na edição que deve chegar às bancas nesta quinta-feira. “Nós somos muito próximos, ele é o meu melhor amigo. Eu o vejo como um mentor”, disse Tony, que era também sócio de Ridley em uma produtora.
LEIA TAMBÉM:
Diretor de ‘Top Gun’ deixou lista de pessoas que deveriam saber de sua morte
Relembre filmes marcantes de Tony Scott, que morreu neste domingo
Ridley Scott suspende filmagem após morte do irmão
O corpo do diretor de Top Gun – Ases Indomáveis e Maré Vermelha foi encontrado nas águas dos canais da zona portuária de San Pedro, região metropolitana de Los Angeles, por volta das 16h30 do domingo (horário local, 21h30 em Brasília). A polícia trabalha com a hipótese de Tony ter cometido suicídio. Nesta segunda-feira, a emissora ABC afirmou que o diretor lutava contra um câncer no cérebro inoperável e, desesperado diante do diagnóstico, teria tirado a própria vida. A família do cineasta, porém, contestou a informação e a viúva, a atriz Donna Scott, negou a existência da doença ou de qualquer outro problema de saúde grave aos investigadores. “É absolutamente falso”, ela teria dito, segundo o site TMZ.
Na entrevista, Tony Scott lembrou que, assim como o irmão, se dedicou à produção de filmes publicitários antes de ser reconhecido como um diretor de Hollywood pelo filme Top Gun – Ases Indomáveis, de 1986. “Eu estava prestes a me formar na faculdade de Belas Artes, quando Ridley montou a empresa Ridley Scott Associados e disse: ‘Venha fazer filmes comerciais comigo e ganhar algum dinheiro’. Meu plano era fazer cinema, mas fui seduzido pela publicidade e me dediquei a ela por 15 anos. Nós ganhamos muito dinheiro e os filmes funcionaram como um grande laboratório.”