Lisboa, 26 mai (EFE).- A banda clássica do grunge dos anos 90, The Smashing Pumpkins, mediram forças neste sábado em decibéis e entrega com o mais agressivo rock rap dos californianos Linkin Park, no segundo dia do Rock in Rio Lisboa.
Dois estilos opostos, duas décadas e duas gerações de músicos travaram um duelo equilibrado no encerramento do primeiro fim de semana do evento, que continua no dia 1º de junho com Bruce Springsteen e Steve Wonder.
O grupo de Billy Corgan, o único membro da banda original, voltou a Lisboa apenas alguns meses depois de encher por dois dias consecutivos a praça de touros da capital portuguesa.
Desta vez insistiu na apresentação de seu nono álbum de estúdio ‘Oceania’, cujo lançamento está previsto para o dia 18 de junho deste ano.
Para isso recorreu à música homônima, que não reanimou um público adormecido, e em breve voltou à lista imprescindível de clássicos, o grande legado da banda.
As mágicas notas de ‘Tonight, Tonight’, do premiado quarto disco da banda ‘Mellon Collie and the Infinite Sadness’ (1996), e a voz agônica de Corgan suavizaram o público como uma injeção letal de grunge.
Mais sucessos como ‘1979’, do mesmo álbum, iluminaram a fria noite e especialmente ‘Disarm’, do segundo disco da banda, ‘Siamese Dream’, se destacaram no show.
Como prêmio, Corgan prestou homenagem ao britânico David Bowie e presenteou uma versão surpresa no final da noite de ‘Space Oddity’, reforçada com as estridentes guitarras.
Antes, a banda possivelmente mais esperada da noite, Linkin Park, se entregou a seus fãs, que responderam com toda a energia de suas gargantas e pulos.
A banda de Chester Bennington se aqueceu com uma versão estendida de ‘Place for My Head’, continuou com ‘Given Up’ e ressuscitou ‘Faint’, de seu segundo álbum de estúdio ‘Meteora’ (2003).
O hino ‘Numb’, talvez o mais cantado da noite, animou o Parque Bela Vista até o ponto de o vocalista decidir repetir algumas estrofes.
O segundo dia do festival seguiu os shows de sexta-feira de Metallica, em uma jornada dedicada ao metal, com a participação de Evanescense e do brasileiro Sepultura. EFE