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Stevie Wonder encanta Copacabana e avisa: quer voltar

Com canções natalinas, homenagem a Michael Jackson, brincadeiras com a plateia e participação de Gilberto Gil, astro da música negra entra para a história dos grandes show gratuitos na praia

Por João Marcello Erthal e Cecília Ritto
26 dez 2012, 01h59

Stevie Wonder quer voltar. Descontadas as falas obrigatórias para quem quer agradar a uma multidão, é bem provável que em breve o show apoteótico da Praia de Copacabana, na noite de Natal, venha a se repetir em algum canto do Brasil. Stevie parecia se divertir tanto quanto o público que lotou a praia – estimado em 450.000 pessoas pelos organizadores do evento. Nada de atrasos, como no domingo, quando problemas técnicos adiaram o espetáculo por duas horas e abreviaram o repertório de Gilberto Gil, artista que abriu a noite. Depois de uma oração de mãos dadas com a banda e com Gil, Stevie Wonder subiu ao palco às 22h18, para uma execução em forma de mantra da ‘Wonderful World’, com quase dez minutos de duração. Stevie preparava o público para o que estava por vir, começando a ensinar com gosta de brincar com a plateia e tentar usá-la como parte da música.

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Reger o público é uma obsessão para Stevie Wonder. A outra é se divertir com a banda no meio das músicas, comandando variações, pedindo para seu competentíssimo time “segurar” estender ou mudar a levada das canções. Dois braços para o alto, duas cotoveladas no ar. E a banda sabe que ele quer ouvir só o público: só bateria e percussão continuam, até que Stevie volte a cantar. Perfeito, sempre.

A intenção de Stevie e da banda parecia ser criar uma grande noite de inspiração natalina. Antes da apresentação, com a filha Aisha e dois de seus filhos menores, ele convidou o público a desejar feliz natal para o neto, Miles, filho de Aisha, que não acompanhou a turnê. O espírito “canções de natal”, no entanto, fez com que a primeira hora de show fosse mais lenta do que um público daquele tamanho merecia.

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Os fãs que se saciaram com o show pago, no Imperator, perderam muito dessa passagem do ídolo da música negra pelo Brasil. Além das canções natalinas, Stevie lembrou Michael Jackson com ‘The Way You Make Me Feel’, deu uma palhinha de ‘We Are The World’, com Gilberto Gil no palco, e brincou à vontade com o brasileiro. Gil foi chamado para cantar sua versão em português para ‘I Just Call To Say I Love You’, transformada em versão original e, depois, em ‘Samba de Uma Nota Só’ – sempre, claro, com participação do público.

Em ‘Garota de Ipanema’, aliás, foi o público quem cantou toda a primeira parte, acompanhado em seguida pela gaita que Stevie mantém sempre sobre o piano. Marca de seu show no Rock in Rio, ‘Você Abusou’, de Antônio Carlos e Jocafi, mais uma vez ficou só numa rápida menção, acompanhada de risos do próprio Stevie. Antes dos primeiros acordes de ‘Ribbon in the Sky’, ele pediu silêncio. Longos e repetidos “shhhhh” criaram o clima para uma execução quase toda ao piano. Era só mais uma das brincadeiras, como a de pedir para os homens cantarem com voz grave e, as mulheres, em um tom mais alto.

A sequência de músicas mais conhecidas e dançantes chegou com uma hora de show, quando o público, enfim, ouviu ‘Sir Duke’ e ‘Signed, Sealed, Delivered, I’m Yours’ e ‘Superstitious’, com os filhos menores no palco, demonstrando habilidade em uma pequena bateria e na percussão. A inesquecível apresentação de Copacabana teve ainda um último presente de Natal para o Rio: ‘This christmas’, de Donny Hathaway – uma canção natalina tão animada que quebra a resistência até de quem costuma torcer o nariz para esse gênero. Como de costume, Stevie, os filhos e os cantores de apoio abandonaram o palco de mãos dadas, com a banda ainda executando o último número, deixando a plateia com a expectativa de um bis que não veio e a vontade de encontrar Stevie mais uma vez.

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