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‘Sexy por Acidente’: uma sessão da tarde que tenta ser feminista

Comédia com Amy Schumer faz rir, mas se perde em meio ao próprio mote

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 29 jun 2018, 13h17 - Publicado em 29 jun 2018, 08h37

Com um olhar de cachorro triste e abandonado, Renee Bennett (interpretada por Amy Schumer) acredita que sua vida é muito difícil. A loira até tem um emprego, boas amigas, roupas descoladas e um apartamento em Nova York, mas se martiriza em uma constante crise de autoimagem. Todos os planos que não se concretizam são redirecionados para o que ela acredita ser o problema: a falta de beleza. O mundo parece corroborar essa ideia. Quando entra em uma loja para fazer compras, a vendedora sugere que a numeração da moça pode ser encontrada na internet. Quando entra em farmácias, bares ou mercados, é preterida pelos atendentes, que dão atenção às mulheres magras e, segundo ela, “indiscutivelmente” bonitas.

Em uma aula de spinning, tudo muda. Ou nem tanto. Renee cai da bicicleta, bate a cabeça e acorda acreditando que tem barriga tanquinho e rosto de modelo. Na realidade, ela continua a mesma de sempre, exceto pela autoestima potencializada. Confiante de si, ela convida um rapaz para sair e conquista a vaga de recepcionista em uma grife de luxo, por onde circulam apenas mulheres com a estrutura física da Gisele Bündchen.

A mensagem de Sexy por Acidente é clara, e a ideia assinada pelos roteiristas e diretores Abby Kohn e Marc Silverstein, de filmes como Nunca Fui Beijada, é interessante. Mas de boas intenções Hollywood está cheia — ou acha que está. O filme faz rir em muitos momentos, porém perde força quando pesa a mão nos excessos de insegurança da protagonista, ou justamente no momento contrário, quando o estereótipo do padrão de beleza ocidental, mesmo que visto só por ela, vira o botão mágico que tudo resolve.

É uma Sessão da Tarde de contornos feministas, que prega o empoderamento acima da aparência física. Apesar de óbvia, a moral da história demora a se firmar, e a atuação de Amy Schumer, conhecida por seu humor ácido na TV americana, fica aquém do esperado. Ganha destaque, quase sem querer, Michelle Williams, na pele da empresária Avery LeClaire. Rica e dentro de todos os estereótipos da beleza, ela mostra que nem só de um rosto bonito se faz a autoconfiança.

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