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‘Sergio Machado foi audacioso e competente’, diz Paulo Rocco

Editor da Rocco era amigo do presidente da Record por mais de 40 anos; veja repercussão

Por Da redação
Atualizado em 20 jul 2016, 12h51 - Publicado em 20 jul 2016, 12h43

A notícia da morte do editor Sergio Machado, na madrugada desta quarta-feira, no Rio, fez o mercado de livros amanhecer mais triste. Por 25 anos, Sergio Machado comandou o maior grupo editorial do país, o Record, e chegou a presidir o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel), sempre envolvido com questões do setor. Confira abaixo a repercussão da sua morte:

 

Paulo Rocco, presidente da editora Rocco:

“Nós fomos amigos por quase 40 anos. Eu conhecia a família dele, o pai, Alfredo, sempre fomos muito afinados e trocávamos muitas ideias, conversávamos muito. Ele era muito competente e um lutador pelas causas editoriais, foi presidente do sindicato, onde trabalhamos juntos. Ele deixa um legado de competência. Sergio foi audacioso, porque adquiriu vários selos, várias editoras, sempre acreditou no mercado editorial.”

Luciana Villas-Boas, agente literária e, por 17 anos, diretora editorial da Record:

“Sérgio Machado foi um imenso profissional da edição e empresário, capaz de consolidar e ampliar em muito a editora que herdou de seu pai, Alfredo. Como editor, sua marca principal foi o compromisso com a literatura brasileira, que jamais deixou de publicar, mesmo nos tempos mais duros. Sob sua gestão, a Record não só atraiu grandes nomes como lançou autores já canônicos. Como personalidade, o traço principal era a generosidade com o próprio conhecimento. Compartilhava tudo o que aprendera desde a juventude sobre o negócio do livro, apontando as pedras do caminho. Um mestre.”

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Cristovão Tezza, escritor:

“Pois fiquei absolutamente chocado com a morte dele – não sabia que ele estava hospitalizado. Eu mantive uma relação profissional com ele bastante cordial, ao longo de anos – sob a presidência dele, nas últimas décadas, o grupo Record teve um papel extraordinário de apoio à literatura brasileira, não só pelos nomes consagrados que publica, mas pela atenção que sempre deu a novos autores. É uma grande perda. Então é isso – fiquei realmente chocado.”

Lya Luft, escritora:

“A perda de Sérgio é inestimável, tanto para a literatura brasileira quanto para sua família, amigos e autores. Considero a Record minha segunda casa. Desde os tempos de Alfredo Machado, quando eu era apenas tradutora da Record, acompanho com muito respeito a trajetória da família e de Sérgio. Grande figura humana, bom amigo, extraordinário e corajoso editor. Grande perda, imensamente sentida.”

Lucia Riff, agente literária:

“Estou devastada. Estamos todos muito tristes aqui na agência. O Sérgio foi meu primeiro grande amigo no mercado editorial, o primeiro editor que me recebeu, que me acolheu, que deu força para a Agência Riff.Trocamos alguns e-mails no início do ano, e fiquei cheia de esperanças que ele ficaria 100% bom e que poderia logo voltar para a Record. Não dá pra acreditar! Ele era tão jovem ainda, tão ativo, tão importante para o mercado editorial, tão querido dos seus autores, colegas no mercado brasileiro, e também entre os editores e agentes internacionais. Estou perdendo um amigo querido.”

Carlo Carrenho, diretor geral do PublishNews, site especializado na cobertura do mercado editorial:

“O Sergio era super importante, e o que eu gostava era que ele sempre teve um trabalho de valorizar os editores do grupo. Os editores têm autonomia, sempre tiveram liberdade de buscar títulos, autores. Isso é algo que sempre admirei. Comparado com outras editoras, a liberdade na Record era maior. Mesmo com editores novos, sem ser ninguém que aparece no jornal. Ele teve esse papel de ter ajudado a construir um grupo enorme, continuando o trabalho do pai dele. Um cara super simpático, muito legal. Uma vez participei de uma reunião com ele, em inglês, e ele tinha um sotaque parecido com o do Al Pacino. Era um grande contador de histórias.”

(Com Estadão Conteúdo)

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