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Seis personagens mais chatos que ‘A Lei do Amor’

Novela das nove da Globo não engrena em audiência – mas, também, não tem ajudado a audiência a se engajar

Por Maria Carolina Maia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 23 nov 2016, 17h09 - Publicado em 23 nov 2016, 16h25

É normal para a Globo enfrentar altos e baixos na audiência a cada troca de novela. Uma trama sai do ar no auge, quando seus principais conflitos atingem o ápice e são solucionados, e a nova precisa convencer o público, ainda ligado à anterior, de que a sua trama vai valer a pena. Isso ajuda a explicar por que A Lei do Amor fez 28 pontos de média na primeira semana, mas terminou o primeiro mês caindo para 26 no Ibope da Grande São Paulo. Difícil é acreditar que o folhetim de Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari vai engatar daqui para a frente sem o bisturi dos espectadores, que a Globo costuma ouvir em grupos de discussão nos primeiros meses de exibição. Repleto de clichês folhetinescos, histórias fracas e repetitivas e um elenco jovem que não segura a onda, a novela de Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari é chata de doer. Mas alguns personagens conseguem ser mais duros de aturar do que a própria trama. Veja:

 

LETÍCIA

Letícia (Isabella Santoni), uma das personagens mais intragáveis de 'A Lei do Amor'
Letícia (Isabella Santoni), uma das personagens mais intragáveis de ‘A Lei do Amor’ ()

Isabella Santoni já foi a queridinha dos fãs de Malhação. Agora, porém, experimenta uma reação inversa do público. Letícia é tão sem sal – e sem açúcar – que nem o fato de ter tido leucemia lhe garante alguma simpatia de quem acompanha A Lei do Amor. Filha mimada de Helô (Claudia Abreu) e Tião Bezerra (José Mayer), vive para venerar dois homens, o vilão que a criou e Tiago (Humberto Carrão), o ex-noivo, com quem ainda sonha se casar. Manipulada pelo primeiro, que quer usá-la para se aproximar da mulher que o humilhou na juventude, a avó de Tiago, Magnólia Leitão (Vera Holtz), a menina vive pelos cantos chorando pelo ex e desejando que o seu objetivo de se tornar esposa e dona-de-casa enfim se realize. “A minha história com o Tiago ainda não acabou”, já disse, como um vinil arranhado. Para piorar, briga com tudo e com todos para defender o pai – e nem sequer lhe passa pela cabeça que possa estar errada, embora seja a única em toda a trama a acreditar no inescrupuloso Tião.

 

ALINE

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Filha da certinha Yara (Emanuelle Araújo) e do pamonha Misael (Tuca Andrada), Aline (Arianne Botelho) é a ovelha negra da família. Ambiciosa, não mede esforços para laçar o garoto riquinho Tiago (Humberto Carrão) e levar uma vida de princesa na mansão dos Leitão. Ela não tem medida nenhuma mesmo – nem do ridículo. A cena em que Aline ameaça Vitória (Camila Morgado), que pediu a demissão da secretária à mãe, Magnólia (Vera Holtz), depois de ela insinuar que a irmã de Pedro (Reynaldo Gianecchini) estava traindo o marido, beirou o patético. Aline montou sobre a acamada Vitória, uma personagem de temperamento frágil que vive amuada e embriagada, e disse que a mataria se não fizesse a megera Mág rever a sua decisão. Um poder de dominação de que nunca se suspeitou – e que a interpretação de Arianne Botelho não sustentou.

 

TIÃO

Acostumado a viver galãs em telenovelas, José Mayer teria aqui a chance de fugir do óbvio. Pena que Tião é tudo, menos original. Vaidoso, cobiçoso, vingativo e manipulador, o personagem reúne todos os predicados de um típico vilão do folhetim tradicional. Nada de área cinza para o banqueiro que se fez na vida de maneira ilícita: ele é mau, tão mau, que é capaz de pôr em risco a vida da filha, Letícia (Isabella Santoni), que não é sua de sangue, mas foi criada por ele desde que nasceu. Desde que, com isso, consiga avançar em seu plano de vendeta contra Magnólia, que o desprezou e maltratou quando era um jovem pobretão, e por quem nutre uma verdadeira obsessão, motor de todas as suas maldades.

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VITÓRIA

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Desprezada pelo gélido marido, Ciro (Thiago Lacerda), Vitória parece incapaz de reagir. Dedica seu tempo a se desidratar engolindo litros de álcool e derramando outros tantos de lágrimas. Quando não está de porre ou mendigando a atenção de Ciro, pode ser vista grogue sobre a cama ou dirigindo um carro desgovernado, sem o menor talento para Ayrton Senna. Repetitiva, a rotina da burguesinha desocupada é bastante enfadonha. Mas ela pode ser salva por um insuspeito homem do bem, o ex-namorado de juventude Augusto (Ricardo Tozzi), um caso raro de político honesto — coisa de novela. Nos últimos capítulos, os dois se reaproximaram e deram esperança não apenas a Vitória de sair do coma, mas também ao público de se livrar da sua modorra sem fim.

 

TIAGO + ISABELA

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(reprodução/TV Globo)

Casal que surgiu do nada, como uma combustão espontânea, é fonte de uma indigesta fofura sem fim. Eles trocaram olhares e depois, sem nem se conhecer, passaram a trocar juras de amor como se tivessem a certeza de que nasceram para morrer lado a lado. É tão inverossímil e tão glicosado que só resta mesmo torcer para que o atentado sofrido por Isabela (Alice Wegmann) nesta terça, quando foi jogada desacordada no mar de Ilhabela a mando – adivinha de quem – de Tião, deixe a personagem para sempre de fora da novela.

 

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