Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Sambista Riachão, autor de ‘Cada Macaco no seu Galho’, morre aos 98 anos

O artista faleceu em casa, no bairro do Garcia, em Salvador; a causa não foi divulgada

Por Felipe Branco Cruz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 mar 2020, 13h23 - Publicado em 30 mar 2020, 12h34

Na juventude, o compositor baiano Clementino Rodrigues, o Riachão, leu nos jornais que “se o Rio não escreve, a Bahia não canta”. Indignado, o adolescente pegou lápis e papel e fez seu primeiro samba. Nunca mais parou. Autor de clássicos como Cada Macaco no seu Galho e Vá Morar com o Diabo, Riachão morreu aos 98 anos, na madrugada desta segunda-feira, 30, em casa, no bairro do Garcia, em Salvador, onde morou a vida toda. A causa não foi divulgada.

Nascido em 14 de novembro de 1921, Riachão começou a cantar aos 9 anos e compôs mais de 500 músicas. O reconhecimento nacional ocorreu durante o período da ditadura militar, quando Caetano Veloso e Gilberto Gil, que retornavam do exílio, buscaram uma nova composição. Cada Macaco no seu Galho surgiu como a escolha perfeita para aquele período.

ASSINE VEJA

Coronavírus: a salvação pela ciência
Coronavírus: a salvação pela ciência Enquanto os melhores laboratórios do mundo entram em uma luta bilionária contra a doença, países trazem experiências bem-sucedidas para que a vida e a economia voltem à normalidade ()
Clique e Assine

Em 2001, ele foi redescoberto quando Cássia Eller gravou Vá Morar com o Diabo no álbum Acústico MTV. Entre outros artistas que também já gravaram suas músicas estão Beth Carvalho, Gal Costa e Jackson do Pandeiro. O artista se manteve ativo até o fim da vida e planejava lançar, ainda este ano, o álbum Se Deus Quiser Eu Vou Chegar aos 100, só de faixas inéditas. O último trabalho gravado por ele foi Mundão de Ouro, em 2013.

Riachão contava que ganhou este apelido, dado a pessoas briguentas, porque não aceitava sofrer ou presenciar alguém sofrendo injustiças. Por muito tempo ele não aceitou o apelido porque dizia viver de alegria, música e amor.

Continua após a publicidade

O compositor também foi tema do documentário Samba Riachão, de 2001, dirigido por Jorge Alfredo. No cinema, interpretou ele próprio em A Grande Feira, de 1961, de Roberto Pires.

Uma das últimas aparições públicas ocorreu no Carnaval deste ano quando acompanhou o da sacada de casa o bloco Mudança do Garcia, que desfilou no circuito que leva o seu nome.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.