Paris, 11 mai (EFE).- O cineasta franco-polonês Roman Polanski, que antes do final do ano deverá começar a rodar um filme sobre o ‘caso Dreyfus’, espera que este seja um ‘thriller político, mas como um filme de espionagem’.
‘Faz tempo que quero rodar este filme sobre o caso ‘Dreyfus’, mas não como um drama tradicionalista. Seria algo próximo de uma história de espionagem’, afirmou o diretor em declarações à revista ‘Le Film Française’, que publicou parte dessa entrevista em seu site nesta sexta-feira.
Para este novo filme, o vigésimo de sua filmografia, Polanski voltará a contar com o roteirista Robert Harris, com quem escreveu ‘O Escritor Fantasma’. Apesar de não estar definido, o título deste novo projeto do cineasta franco-polonês deverá ser ‘D’.
‘Podemos mostrar a pertinência absoluta desta história, sobretudo com a visão do que passa hoje no mundo, este espetáculo ancestral de caça às bruxas, de tribunais militares secretos, de agências de informação fora de controle, das hipocrisias governamentais e de uma imprensa enraivecida ‘, afirmou Polanski.
Até o momento, o cineasta não definiu ator que deverá encarnar Alfred Dreyfus, o oficial francês que foi acusado de traição no final do século XIX e que dividiu à opinião pública francesa.
Condenado por haver entregue documentos secretos ao império alemão, Dreyfus passou cinco anos recluso na ilha do Diabo antes de ser libertado.
O ‘caso Dreyfus’ foi veio à tona através de Émile Zola, que publicou um artigo intitulado ‘J’accuse’. Neste caso, o texto contribuiu para a própria libertação de Dreyfus. EFE