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Recuperam ‘Allegro molto’ inédito composto por Mozart aos 11 anos

Por Da Redação
23 mar 2012, 14h21

Salzburgo, 23 mar (EFE).- Mais de dois séculos após sua morte o legado de Wolfgang Amadeus Mozart segue crescendo. A novidade agora é um ‘Allegro molto’ para piano composto pelo gênio aos 11 anos e interpretado nesta sexta-feira em Salzburgo, a cidade que o viu nascer e da qual saiu para tornar-se artista.

A composição de 84 compassos e apenas três minutos foi descoberta no início de março por casualidade pela musicóloga Hildegard Herrmann-Schneider em Tirol, em meio a um livro de partituras, quando fazia uma pesquisa para documentar fontes musicais antigas da região.

‘Temos muitas obras suas de quando criança e sonatas mais elaboradas de sua adolescência. Por isso, esta partitura é particularmente importante, porque representa um ponto de união entre os seus primeiros anos e a adolescência’, explicou à Agência Efe o diretor do Mozarteum, Ulrich Leisinger.

O primeiro concerto para piano (IK175) da criança prodígio data de 1773, por isso que a peça achada demonstra ‘um alto nível técnico para alguém tão jovem’, afirma Leisinger, o que não é uma surpresa para quem sabe da trajetória do gênio.

Os analistas situam o ano de composição desta peça em 1767, quando Mozart (1756-1791) tinha 11 anos, e foi transcrita por um jovem estudante de música identificado como Johannes Reiserer por volta de 1780 em um livro de partituras com o qual ensaiava.

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Nesse livro de partituras de 160 páginas, e cuidadosamente elaborado, estava a obra inédita do jovem gênio, atribuída a ‘Signore Giovane Wolfgango Mozart’.

Para os especialistas, as partituras eram utilizadas sob a supervisão de um professor de música, o que reforça a origem de Mozart da peça, já que as demais obras copiadas com precisão estão documentadas, inclusive grande parte delas atribuídas ao pai do gênio, Leopold, a quem se apresenta como ‘Signore Mozart’.

‘Não acredito que exista qualquer argumento contrário a essa partitura não ser de Mozart’, ressaltou a autora da descoberta da peça, que destacou o fato excepcional de revelar uma obra inédita do músico.

Leisinger foi cautelosa ao dizer que não há certeza absoluta, já que a peça não foi manuscrita por Mozart, o que teria ajudado a verificar a origem, mas que todos os indícios apontam para uma autoria do criador de ‘A flauta mágica’.

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De qualquer maneira, a obra se ajusta ao estilo conhecido de sua época precoce, e foi manuscrita por alguém próximo ao círculo familiar, o que reforça os argumentos a favor da autoria, ressaltou Leisinger.

A anotação final da apresentação chegou com a interpretação da peça pelo músico Florian Birsak no piano da própria família Mozart, na casa de Salzburgo, na qual o jovem viveu até 1780, e atualmente é um dos museus mais visitados da cidade.

‘Estamos em um quarto que respira Mozart, onde o músico aprendeu a tocar o piano’, explicou o presidente da Fundação Mozarteum, Johannes Honsig-Erlenburg, sobre a Sala do Maestro de Baile, onde a obra foi interpretada.

A confirmação da autoria ocorreu sem esperar que a obra seja incorporada ao Índice Köchel (IK), que enumera as quase 700 composições de Mozart em seus 35 anos de vida. A partitura original será guardada em um museu regional do Tirol. EFE

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