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Raf Simons apresenta coleção para a Dior-pós Galliano

Por Francois Guillot
2 jul 2012, 18h44

A tão aguardada primeira coleção do belga Raf Simons para a Dior, apresentada nesta segunda-feira em Paris, foi feminina e elegante, mas sem o fator experimental que caracterizava seu antecessor, o polêmico estilista britânico John Galliano.

Talvez pela expectativa ter sido grande, o desfile sóbrio do jovem estilista belga, que atraiu as atenções no primeiro dia dos desfiles de alta-costura, gerou aplausos, mas não a euforia típica dos desfiles de Galliano, demitido em março de 2011 por ter proferido injúrias racistas em um bar parisiense.

A coleção outono/inverno apresentada por Simons, conhecido como “Raf” no mundo da moda, foi, principalmente, uma homenagem a Christian Dior, fundador da marca histórica francesa, agora a joia do grupo de luxo LVMH, de Bernard Arnault.

Vestidos curtos usados sobre calças cigarrete, casaco de astracã azul, vestidos de festa longos, inspirados nos arquivos da Dior, e roupas para as ruas: a passarela de Simons foi clássica, quase austera, para refletir a vida atual, com poucos toques de opulência.

Em quase todas as 54 peças apresentadas, houve alguma referência aos primeiros modelos da marca, desenhados por Dior, que entrou para a história da moda por seus traços arquitetônicos e limpos.

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O desfile de Simons para a Dior – que aconteceu em um hotel parisiense e atraiu celebridades e estilistas, entre eles Alber Elbaz, da Lanvin, e Marc Jacobs, da Vuitton – foi encerrado com vestidos longos de organza e tule, bordados com flores delicadas.

O estilista Pierre Cardin, 90 anos, elogiou a coleção, assinalando que o criador belga, muito jovem, respeitou a marca. “Mas com o tempo, será necessário que Simons seja ele mesmo. Se quiser ser um grande estilista, terá que reconhecer que é ele que está na passarela.”

Esta foi a primeira coleção de alta-costura desenhada por Simons (Neerpelt, 1968), ex-estilista da marca Jil Sanders, conhecido em Paris pela moda masculina vanguardista que assina e à qual dará continuidade, paralelamente às suas responsabilidades como diretor artístico da Dior.

As flores também tiveram um papel de destaque na coleção apresentada pelo italiano Gianbattista Valli nesta segunda-feira, primeiro dos três dias de desfiles de alta-costura.

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As roupas de Valli, apresentadas em um grande hotel parisiense, transportaram os compradores e jornalistas para um jardim perfumado, com vestidos abertos como flores e bordados com pétalas, ou com folhas em tons verde-musgo, vermelho, turquesa e rosa. Os corpetes se abriam como pétalas, e as modelos desfilaram enfeitadas com borboletas.

Antes, Alexis Mabille seduziu com uma passarela inspirada em joias. Cada um dos modelos, sinuosos e sensuais, levava o nome de uma pedra preciosa, e as cores das peças retomavam os tons luxuosos.

O mundo da moda também deu espaço hoje para Zahia Dehar, jovem prostituta que ganhou as páginas dos jornais após um escândalo envolvendo jogadores da seleção francesa de futebol, entre eles Frank Ribéry.

Convertida em estilista, Zahia apresentou esta noite, paralelamente aos desfiles, uma coleção de lingeries de “alta-costura”, que uniu graça, humor, e um impressionante trabalho artesanal.

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Conjuntos de renda transparente, biquínis brilhantes: a coleção da estilista, de 20 anos, tem o apoio de um fundo de investimentos asiático, que vê nela uma “criadora promissora”.

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