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1ª noite de desfiles do Rio tem crítica a corrupção e a Crivella

Escolas de samba do Grupo Especial abordarão temas do Brasil e de países da Ásia e da África

Por Da redação
Atualizado em 11 fev 2018, 10h28 - Publicado em 11 fev 2018, 07h26

A noite deste domingo marca o primeiro dia dos desfiles do Grupo Especial do Rio de Janeiro. As sete escolas que se apresentam no Sambódromo da Marquês de Sapucaí explorarão aspectos da história, não só do Brasil, mas também abordarão a Ásia e a África. Os samba-enredos serão marcados por temas como a Rota da Seda, a cultura indiana no Brasil e a escravidão. Mas, sobretudo, a noite deve ser marcada por críticas à corrupção, à falta de segurança no Rio e ao prefeito, Marcelo Crivella (PRB), evangélico que reduziu a verba das escolas de samba.

Tachado de “prefeito anticarnavalesco”, Marcelo Crivella (PRB) é criticado indiretamente pela Mangueira — o refrão diz “Pecado é não brincar o carnaval”. O mesmo ocorre com o da Beija-Flor, que critica: “Me chamas tanto de irmão/ e me abandonas ao léu/ troca um pedaço de pão/ por um pedaço de céu”.

O prefeito nega ser contra a folia. Diz que, com a crise, teve de priorizar áreas essenciais, o que provocou cortes de recursos para o Carnaval.

Mazelas

Não é só a Mangueira, um dos destaques da primeira noite na Sapucaí, que fará um desfile crítico. O Paraíso do Tuiuti, que também sai hoje, e a Beija-Flor, que fecha a avenida amanhã, vão retratar mazelas em alegorias e alas. As escolas acreditam que mesmo a roubalheira dos políticos e a miséria rendem Carnaval.

O Tuiuti grita contra “o cativeiro social” derivado da escravidão e pede: “Se eu chorar, não leva a mal”. O desfile fala dos reflexos da subjugação de negros, 130 anos após a Lei Áurea.

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Ao lembrar os 200 anos de Frankenstein, da escritora inglesa Mary Shelley, a Beija-Flor de Nilópolis mira em problemas variados, como as desigualdades sociais (uma escultura de favela será ladeada por uma de prédio de luxo), a LGBTfobia (Pabllo Vittar será destaque), a destruição ambiental (um dos carros aparecerá com lixo) e a violência (haverá até simulação de um assalto). A “ganância de terno e gravata” cantada pela Azul e Branca virá representada por malas recheadas com notas de 100 reais.

Roteiro

A Império Serrano abre a Sapucaí às 21h15 com o enredo O Império do Samba na Rota da China, abordando a cultura milenar do país asiático, com suas tradições e invenções. Logo em seguida, às 22h20, a São Clemente focará na história do Brasil, com uma homenagem à Escola de Belas Artes, desde a missão artística dos anos 1800 de Jean-Baptiste Debret até o Carnaval atual.

Às 23h25, a Unidos de Vila Isabel fará uma retrospectiva das grandes invenções do homem com o samba-enredo Corra Que o Futuro Vem AíSantos Dumont, Albert Einstein e Thomas Edson serão alguns dos homenageados. 

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Com os 130 anos da Lei Áurea, a Paraíso do Tuiuti propõe um debate com o tema Meu Deus, Meu Deus, Está Extinta a Escravidão?. A escola, que tem início do desfile marcado para 00h30, abordará a situação em que viveram os ex-escravos no Brasil e a escravidão no norte da África. 

No centenário de Chacrinha, a Grande Rio fará uma retrospectiva, a partir da 01h35, das contribuições do comunicador para a televisão e para o rádio, com muita cor e brilho. Logo depois, às 02h40, a Mangueira traz ainda mais cores em uma análise do Carnaval no Brasil, desde os bailes da alta sociedade até hoje em dia.

O último desfile da noite começa às 03h45 com o enredo Namastê… A Essência Que Habita em Mim Saúda a Que Existe em Você da Mocidade Independente de Padre Miguel, uma analise dos aspectos da cultura indiana no Brasil.

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