A Polônia vai reabrir o processo de extradição para os Estados Unidos do cineasta franco-polonês Roman Polanski, acusado de ter estuprado uma menor de idade em 1977, em Los Angeles.
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A decisão foi anunciada nesta terça-feira pelo ministro da Justiça polonês, o conservador Zbigniew Ziobro. Em entrevista a uma rádio pública, Ziobro disse que apresentará um recurso ao Tribunal Supremo para impugnar “uma decisão do tribunal de Cracóvia de não extraditar” Polanski, acusado de “um crime cruel contra uma menor, o estupro de uma menor”.
“Para nós, não é surpresa”, diz Jerzy Stachowicz, um dos advogados do diretor de filmes como Chinatown e O Pianista. “Nós já esperávamos. O senhor Ziobro já havia declarado que faria isso. No momento, não podemos fazer comentários, pois não sabemos se ele já fez ou se ainda vai fazer”, completou o advogado.
O tribunal de Cracóvia rejeitou no dia 30 de outubro a extradição de Roman Polanski e a promotoria da cidade decidiu não apelar contra a decisão.
A história – Em uma festa na casa do ator Jack Nicholson (que, para todos os efeitos, não estava presente), em Los Angeles, o diretor Roman Polanski forneceu álcool e drogas à menina Samantha, de apenas 13 anos, enquanto a fotografava. Depois, contra a vontade dela, segundo o horripilante depoimento de Samantha ao júri popular que acolheu o pedido de indiciamento de Polanski, submeteu-a a sexo oral e a penetração vaginal e anal.
(Com agência France-Presse)