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‘Poderia ter sido eu’, diz Anitta sobre tragédia em Paraisópolis

'Uma festa com drogas ilícitas e presença de criminosos não justifica você sair atirando', disse a cantora, no Instagram

Por Da Redação 3 dez 2019, 14h12

Em uma série de vídeos publicados no Instagram, Anitta falou sobre sobre a tragédia que deixou nove mortos em Paraisópolis, favela de São Paulo. “Uma festa com drogas ilícitas e presença de criminosos não justifica você sair atirando”, disse, sobre a atuação de policiais no caso. “A única coisa que posso pensar é que, se fosse há alguns anos atrás, poderia ter sido eu, minha mãe e meu irmão, uma dessas pessoas.”

A cantora de funk mais popular do Brasil lembrou que, quando estava no início da carreira, costumava cantar em bailes de favela, eventos parecidos ao que foi cenário das mortes que ocorreram na madrugada de domingo, 1°. “Poderia ter sido um de nós”, afirmou.

Sobre o argumento usado pela polícia de que estariam perseguindo bandidos, Anitta retrucou: “Ah, mas os bandidos estavam em perseguição e correram pra festa… E se eles tivessem entrado num festival respeitado? Iam sair entrando atirando? Vários festivais respeitados têm drogas. Vão sair entrando, atirando? Pra muitas pessoas, é vagabundo, é música de baixo conteúdo, gente que não tem o que fazer. Complicado. Preconceito”, disse.

Em seguida, a cantora afirmou que admira a profissão de policial. “Tenho um irmão militar, hoje em dia. Tenho orgulho da disciplina dele, do caráter, do trabalho. A finalidade é fazer nossa segurança. Tenho amigos policiais. Mas acho que isso é uma coisa do governo mesmo, sabe?”, afirmou. “Se as pessoas não têm condições de curtir entretenimento em outros lugares, de outra maneira, é porque eles não têm acesso a outras coisas, gente.”

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Nos vídeos, Anitta criticou o governo. “Roubam dinheiro público, mas querem que todo mundo seja instruído, cante música sobre a literatura antiga”, apontou. Assista ao vídeo:

O ouvidor das Polícias de São Paulo, Benedito Mariano, afirmou que há contradições nas versões dos depoimentos dos policiais militares ouvidos e das testemunhas que estavam no baile funk onde pessoas foram pisoteadas durante uma intervenção da Polícia Militar (PM).

“O órgão corregedor precisa analisar se efetivamente ocorreu a perseguição, como indicado pelos policiais. Os policiais falam sobre a perseguição de moto, mas as pessoas que estavam lá falam que não houve essa perseguição. É preciso estabelecer todos os pontos conflitantes sobre essa ocorrência”, afirmou o ouvidor, em entrevista a VEJA.

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