Uma mostra no Rio de Janeiro traz pela primeira vez os quadros de Clarice Lispector – e uma biografia propõe novas explicações para os mistérios da escritora, que gostava de definir-se em frases como “sou tão misteriosa que não me entendo”.
É no aspecto biográfico (mais do que na inexistente qualidade artística) que reside o interesse de um pequeno e pouco conhecido conjunto de dezesseis pinturas sobre madeira realizados Clarice, que será exposto ao público pela primeira vez neste mês, no Instituto Moreira Salles, do Rio de Janeiro.
Todos os quadros foram pintados em 1975 e ficaram guardados desde a sua morte, em 1977, na Fundação Casa de Ruy Barbosa. Testemunham um período difícil para a escritora. Um ano antes, ela fora demitida do Jornal do Brasil, no qual escrevia crônicas semanais, e estava preocupada com sua situação financeira.
Embora ainda não soubesse do câncer que a mataria dois anos depois, sua saúde já estava debilitada. Aos 54 anos, escritora consagrada, ela se dizia cansada da literatura, e declarava que pretendia parar de escrever, talvez para sempre.
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