Os segredos de uma modelo de unhas
Transformação dos esmaltes em acessórios de moda fez surgir no Brasil o primeiro desfile de modelos de unhas, que usam apenas os dedos
Toda primeira segunda-feira de agosto virou o dia do esmalte. A data, na verdade, é uma jogada de marketing da publicitária Adrianne Elias, pioneira em organizar desfiles de unhas no Brasil, iniciados no ano passado. Assim como roupas são desfiladas nas passarelas das semanas de moda, o NFW Beauty Trends treinou oito modelos para fazer coreografias com os dedos e mostrar as coleções de esmaltes da temporada. O público é convidado a ocupar a arquibancada com 350 lugares e ver os desfiles de dedos pelo telão de 18 metros quadrados. A próxima edição está prevista para 16 de agosto do próximo ano. “Descobrimos que o esmalte faz parte de um universo enorme ainda inexplorado, o dos acessórios de moda. Por isso, vamos incluir na próxima edição desfiles de sapatos e relógios, entre outros produtos”, diz Adrianne.
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Leia a seguir entrevista com Carla Pereira, 27, dona de duas das 16 mãos usadas no desfile:
Como você se tornou modelo de unhas? Foi por acaso. Já conhecia a Adrianne por ter trabalhado numa agência de publicidade e decidi mandar um vídeo. Achei que era fácil, mas tive que treinar bastante.
Qual é a maior dificuldade? A passarela é pequena, de acordo com a posição do braço, o dedo pode cair para o lado e fica feio no vídeo. É preciso também ter jeito para colocar um dedo na frente do outro, senão parece que eles estão muito duros.
Como é a preparação? Fazemos aplicação de unhas de gel para não quebrarem durante o desfile. O comprimento também é importante, se for muito grande, o dedo escorrega na passarela. A unha comprida deve servir como um salto alto.
Há um treinamento? Ensaiamos as coreografias. Sou destra, mas consigo fazer os movimentos melhor com a mão esquerda.
Você não fica com dor nos braços? Uma professora de yoga nos ensinou fazer alongamentos entre as gravações. Demora, em média, cinco horas para gravar cada desfile.