Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

O desabafo de Alain Delon: ‘Não quero morrer sozinho’

"O mundo atual não me agrada mais", disse o galã de 'Rocco e seus Irmãos' em entrevista a uma revista francesa

Por Da Redação
15 Maio 2013, 20h52

O ator francês Alain Delon, de 77 anos, confessou que perdeu “a paixão” pelo mundo que o rodeia e que passa a maior parte de seu tempo “à toa”, rodeado por seus animais, enquanto tenta desfrutar ao máximo os filhos e netos para “não morrer sozinho”.

“Fui tão feliz como não se pode ser toda a vida. E quero compartilhar o máximo que puder com meus filhos. Não quero morrer sozinho”, disse em entrevista à revista Paris Match o ator de Rocco e seus Irmãos (1960) e O Leopardo (1963), ambos dirigidos por Luchino Visconti. O célebre galã francês reconhece que é um homem nostálgico e diz que não teme a morte porque é a única certeza de uma existência que agora gira em torno da família. “O mundo atual não me agrada mais. Nada me anima realmente e eu costumava ser uma pessoa apaixonada. O que me falta é vontade, paixão. Mas vou despertar, talvez.”

Uma versão restaurada de O Sol por Testemunha (1960), longa estrelado por Delon e dirigido pelo falecido René Clément, será projetada no próximo dia 25 no Festival de Cannes, mostra com a qual Alain Delon mantém uma relação de amor e ódio. A exibição do filme será , para o ator, um “flashback doloroso” por causa das pessoas que amava e que “já não estão aqui”. Alain Delon foi pela primeira vez ao Festival de Cannes em 1957, quando ainda era um rosto anônimo, e voltou em várias ocasiões, embora não tenha sido convidado em 1997, algo que lhe irritou. “O mundo inteiro estava convidado para o 50º aniversário do evento, principalmente os americanos, obviamente. Todo o mundo, exceto (Jean-Paul) Belmondo e Delon”, lembrou.

Delon também tem boas lembranças das mulheres com quem trabalhou, como Katharine Hepburn, Ava Gardner, Laurent Bacall e Brigitte Bardot, atriz com quem mantém uma “amizade muito próxima há 50 anos”. Sempre cercado de beldades, o ator que fez sonhar milhões de mulheres de todo o mundo também já foi rejeitado por algumas que não aceitaram suas proposições. “Claro que já fui rejeitado, inclusive por desconhecidas. Sofri muito… mas a maioria aceitou”, comentou entre risos a lenda do cinema que se diz aposentado e só deixa a porta aberta a Luc Besson e Roman Polanski.

Continua após a publicidade

“O cinema atual evoluiu em um sentido que não me agrada. Antes, você se jogava em uma poltrona vermelha para ver Ingrid Bergman beijar Cary Grant e sonhar. Uma vez roubado o sonho, o cinema não me interessou mais.”

(Com agência EFE)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.