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Na Barra Funda, colorido dá espaço ao preto

Bloco Emo desfilou pela primeira vez no carnaval de São Paulo com público nostálgico da cena do rock

Por Lucas Mello 12 fev 2018, 21h05

Na Barra Funda, o colorido foi trocado pelo preto e o samba e as marchinhas pelo rock, especialmente pelo estilo Emocore. Pela primeira vez no carnaval paulistano, o Bloco Emo tomou as ruas do bairro da Barra Funda, zona oeste de São Paulo, tocando sucessos de Paramore, My Chemical Romance, Simple Plan, NX Zero e Fresno, sem versões de samba.

Com público majoritariamente abaixo dos 30 anos, o evento foi nostálgico para muitos foliões, que relembraram o auge da música emo e punk. “São umas músicas da nossa época, de quando tínhamos dez, onze anos. Eu me encaixava nesse tipo de música, frequentava o Hangar (espaço fundado em 1998 em que se apresentavam bandas do estilo underground, que fechou em 2017), onde via várias bandas de hardcore”, afirmou Caio Matheus Sales, cozinheiro de 22 anos.

Carnaval SP - Bloco Emo
Ana Luiza Bastos e Caio Matheus Sales. (Lucas Mello/VEJA.com)

Ana Luiz Bastos, desenvolvedora de software de 22 anos, diz não ouvir mais as músicas, mas viu o bloco como oportunidade de reviver os momentos da adolescência sem se preocupar. “São as músicas que a gente escutou na nossa adolescência, mas que atualmente a maioria não escuta mais. Eu aproveitei para usar minhas luvinhas e outras roupas emos na rua”.

Amigos de Santo André, cidade da grande São Paulo, Rodrigo Leal, professor de 25 anos e César Lima, vendedor de 26, lembraram com saudade do período e de quando fizeram parte de um grupo que “era mais apaixonado por música.

 

Carnaval SP - Bloco Emo
César Lima e Rodrigo Leal curtem o Bloco Emo. (Lucas Mello/VEJA.com)

“Com 18 anos eu saia com o pessoal punk e conheci um pessoal da tribo emo. Como não tinha preconceito e via todos como igual, fiz amizade e logo troquei o moicano (símbolo do punk) por franja (símbolo do emo)”, explicou Lima, antes do complemento nostálgico do amigo.

“Entre 2008 e 2010 o emocore alternativo tinha uma cena forte. Você encontrava o pessoal nas festas e a maioria tocava instrumentos. A gente não acha mais gente assim, é algo muito raro, por isso vim ao bloco, reencontrar essas pessoas”, completou Leal.

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