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Mulher detalha denúncia de assédio negada por Michael Douglas

Ex-funcionária do ator nos anos 1980 afirma que ele chegou a se masturbar diante dela e ainda agradeceu a 'ajuda'

Por Alex Xavier
Atualizado em 19 jan 2018, 17h47 - Publicado em 19 jan 2018, 14h20

Há uma semana, Michael Douglas se antecipou a uma denúncia por assédio sexual, negando tudo. Nesta quinta-feira, a acusação saiu, com detalhes. A jornalista e escritora Susan Braudy escreveu ao The Hollywood Reporter sobre o tempo em que trabalhou com o ator e alega que ele chegou a se masturbar diante dela.

Ela trabalhou para Douglas no fim dos anos 1980, contratada para dirigir o escritório da produtora dele em Nova York, lendo roteiros, supervisionando roteiristas e, segundo seu depoimento, “bancando a babá” do astro no apartamento dele. A autora afirma que, desde seu primeiro dia no emprego, ele costumava sexualizar as interações, principalmente, fazendo comentários impróprios e usando palavras vulgares para se referir à genitália feminina.

Em 1989, em um desses encontros de trabalho, quando estavam apenas os dois, ela diz que o ator foi ainda mais longe. “Michael desabotoou suas calças e eu percebi que algo terminaria mal’, conta. “Eu vi que ele estava com as duas mãos dentro das calças. Para o meu horror, percebi que estava esfregando suas partes privadas. Por segundos, sua voz parou e parecia que tinha chegado a um orgasmo”.

Susan deixou o apartamento na mesma hora, sem dizer nada. ”Fiquei surpresa por não ter me despedaçado mesmo me sentindo humilhada. Eu me dei conta de que ele achava que podia fazer qualquer coisa que quisesse por ser alguém mais poderoso do que eu era”. Segundo Susan, o ator foi atrás dela no elevador, fechando a braguilha e o cinto e dizendo apenas: “Obrigado, você é ótima, me ajudou, obrigado, obrigado”.

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A partir daquele dia, o relacionamento azedou. Ela afirma ter sido demitida, seis meses depois, ao não concordar em assinar um termo de confidencialidade. A jornalista baseia suas declarações em notas e arquivos que manteve. Também relatou o ocorrido a três amigos na época, entre eles o escritor Michael Wolff, autor do recente Fogo e Fúria, sobre o método caótico reinante nos primeiros meses do governo Trump.

Em entrevista ao site Deadline em 9 de janeiro, Michael Douglas rebateu uma acusação de assédio sexual que outro veículo ainda estava apurando. Informado a respeito por seu advogado, o ator admitiu que pode ter usado termos chulos na frente dela, pelo que se desculpa, mas rechaçou como falsa a acusação de que teria se masturbado em sua frente e, mais tarde, prejudicado sua carreira.

“Eu certamente me arrependo se ela se sentiu ofendida pelo linguajar comum dos anos 1980”, disse. “Agora, sobre me masturbar na frente dela? Eu não sei nem por onde começar. É uma mentira total. Talvez ela esteja descontente, sua carreira não foi do jeito que esperava e guarde rancor. Isso causou tremendo estresse para mim por algo que eu acredito que não tenho nada para me arrepender ou me sentir responsável”. No texto do The Hollywood Reporter, Susan respondeu ao ator. “Acredito que isso seja parte do problema, esse pretexto para se vitimizar. Há uma razão pela qual muitas mulheres não levam essas acusações adiante. Precisei de trinta anos para ter coragem de denunciar”, confessa.

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