Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

“Mudei muito”, diz Nego do Borel, depois de passar por acidente de moto

Enquanto se recupera, Nego do Borel aproveita o tempo de molho para refletir sobre a vida, racismo e o relacionamento com os sogros

Por Ricardo Ferraz 1 ago 2020, 08h24

Como está sendo a recuperação? 

A cada três dias tenho de trocar os curativos. Coça muito, dá muita agonia. Tenho ficado em casa porque não posso pôr o pé no chão, mas não consigo ficar parado. Ando de moto desde os 14 anos, trabalhei até de mototáxi levando as pessoas para cima do morro. Nunca caí. Até agora to tentando entender o que aconteceu. 

Do que você se lembra? 

Estava a uns 20, 30, quilômetros por hora e fui colocar o celular na cintura. Quando passei na lombada, perdi o controle do guidão e, quando fui ver, já tava no chão. A moto me arrastou. Senti até osso raspando no chão. Foi muito rápido. Vários motoristas pararam. Algumas pessoas me reconheceram e começaram a filmar. Não deixei. Entrei no carro de um senhor e pedi que ele me levasse para a casa. 

Você encara esse episódio como um caso de racismo? 

Continua após a publicidade

Eu não julgo essas pessoas porque é complicado falar. Às vezes não é por maldade. Gera curiosidade por eu ser famoso. Mas eu teria atitude diferente se visse isso acontecer com outra pessoa. Teria ajudado. 

O que você vai fazer com a moto? 

Tenho quatro motos. Tô pensando em abrir uma empresa de mototáxi no condomínio (risos). Na verdade, pretendo sorteá-las entre os fãs. Estou atrás de patrocínio porque não ando, elas ficam paradas no sol e na chuva, mas não posso ter prejuízo. Vai ser tipo uma rifa. 

O acidente serviu para você se reconciliar com seus sogros que não aceitam o seu namoro com a modelo Duda Reis? 

Continua após a publicidade

Meu sogro que é médico foi quem indicou o cirurgião que fez a cirurgia. Sou grato a ele, mas falta uma conversa nossa. Nunca entendi o que aconteceu. Não bati nela, não agredi. Todo casal discute, mas depois fica tudo bem e é normal. Deve ter chegado alguma coisa assim [fofoca] para eles. Sou um filho bom, um namorado bom. Não quero briga, sou da paz. Até parei de beber. Agora, quero brincar de papai e mamãe.

Você já foi acusado de preconceito contra homossexuais. Você mudou em relação a isso também?

Não queria ter errado da forma que errei. Hoje sei do preconceito que essa galera enfrenta. Fui criado na favela, num ambiente que tinha muita brincadeira [sobre homossexualidade]. Hoje, sei que são brincadeiras que machucam. Estou aprendendo com esses erros, mas criando casca também. 

O que mais pretende fazer?

Continua após a publicidade

Quero fazer uma faculdade de administração para ser empresário de outros funkeiros. Estou estudando inglês também. Já aprendi algumas palavras: “I want toilet”, eu quero ir ao banheiro! (risos).

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.