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Morre Carrie Fisher, a princesa rebelde de Hollywood

Eternizada pelo papel da Princesa Leia na franquia ‘Star Wars’, atriz enfrentou drogas, transtorno de bipolaridade e a vida pública desde a infância

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 27 dez 2016, 16h40 - Publicado em 27 dez 2016, 16h07

Morreu na manhã desta terça-feira, aos 60 anos, a atriz Carrie Fisher. Conhecida pelo papel de princesa Leia, da franquia Star Wars, ela havia sofrido um ataque cardíaco na última sexta-feira, 23, durante um voo entre Londres e Los Angeles. O enfarte ocorreu 15 minutos antes do pouso da aeronave, onde ela foi atendida por enfermeiras identificadas entre os passageiros e, em terra levada a uma UTI (unidade de terapia intensiva) em estado crítico. “É com grande tristeza que Billie Lourd confirma o falecimento de sua mãe, Carrie Fisher, às 8h55 da manhã desta terça. Ela foi amada pelo mundo e sua falta será profundamente sentida”, diz comunicado enviado pelo porta-voz da atriz ao site da revista The Hollywood Reporter.

Além de ser princesa Leia, papel com o qual experimentou o estrelato, Carrie Frances Fisher foi escritora e roteirista e deu vida a dezenas de personagens. Filha de famosos, ela passou toda a vida sob os holofotes de Hollywood. Falou abertamente sobre problemas com drogas, depressão e transtorno de bipolaridade. Foi rebelde, heroína e musa – dentro e fora das telas. Um especial feito pela HBO sobre a sua vida incomum, Wishful Drinking, foi finalista do Emmy na categoria variedade, música e comédia, em 2011.

Biografia — Nascida em Los Angeles, em 21 de outubro de 1956, Carrie era filha da atriz Debbie Reynolds e do cantor Eddie Fisher. Desde cedo, aprendeu a lidar com as peculiaridades da fama. Ela tinha dois anos quando seu pai decidiu se divorciar para se casar com Elizabeth Taylor, em um escândalo que chacoalhou a imprensa no fim dos anos 1950. Elizabeth, na época, era amiga próxima da família e viúva de Mike Todd, melhor amigo de Fisher.

Carrie encontrou nos livros o refúgio para a vida agitada dos pais. Leitora ávida, se revezou entre a escrita e a atuação ao longo dos anos. Abandonou o colégio na adolescência e estudou artes em Londres e Nova York. Fez seu primeiro trabalho como atriz nos palcos da Broadway, no musical Irene, em 1973, antes de estrear no cinema, na comédia Shampoo (1975).

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O estrelato viria pouco depois, em 1977, quando ela, aos 19 anos, deu vida a Leia Organa, em Star Wars. A personagem foi uma das primeiras grandes protagonistas femininas da ficção cientifica no cinema. Ao lado de Mark Hamill e Harrison Ford, ela lutou contra alienígenas, liderou uma rebelião e arrebatou corações, especialmente quando desfilou o icônico biquíni dourado usado em O Retorno de Jedi (1983). A peça se tornou tema de controvérsia por seu teor hipersexualizado. De controvérsia e de fantasia — que o digam os nerds de The Big Bang Theory, sempre a sonhar com o figurino.

Sobre o tema, Carrie foi enfática e refutou as críticas feministas com uma fala que realmente merece a definição de empoderada. “Leia era prisioneira de um testículo gigante repleto de saliva. Ela não quer vestir aquela roupa, ela está acorrentada. Por fim, ela usa os acessórios da própria roupa para matar o testículo gigante”, disse em entrevista ao jornal The Times, defendendo outro olhar sobre o tal biquíni.

O papel foi repetido por ela quatro vezes, em Star Wars: Uma Nova Esperança (conhecido apenas como Guerra nas Estrelas no Brasil), em 1977; O Império Contra-Ataca, em 1980; O Retorno de Jedi, 1983; e O Despertar da Força, em 2015. A atriz era esperada no oitavo episódio da saga.

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Recentemente, ela lançou seu oitavo livro, Memórias da Princesa: os Diários de Carrie Fisher (editora BestSeller), em que conta os bastidores das gravações dos filmes de Star Wars. Na obra, ela revelou que, na época, manteve um caso com o ator Harrison Ford, então casado com Mary Marquardt.

Essa não foi a primeira vez que Carrie abriu detalhes de sua vida pessoal nas páginas de um livro. Sua estreia nas livrarias aconteceu em 1987, com o volume semi-autobiográfico Postcards from the Edge, em que narra a relação conturbada com a mãe famosa. O livro fez tanto sucesso que ganhou uma adaptação cinematográfica em Lembranças de Hollywood (1990), filme indicado a duas estatuetas do Oscar, uma delas para Meryl Streep, como melhor atriz. A luta contra a depressão, o transtorno bipolar e o vício em cocaína e analgésicos também foram temas da escrita de Carrie.

O affaire com Ford durou três meses. Mas Carrie viveu outros romances com famosos dignos de tabloide. Ela se casou com o cantor Paul Simon em 1983, com quem permaneceu apenas um ano. Os dois chegaram a namorar após o divórcio. O relacionamento foi resumido por ele na letra da música Hearts and Bones. Mais tarde, ela viveu com o agente de talentos Bryan Lourd, com quem teve sua filha, Billie Lourd, em 1992.

Rumores sugerem que Carrie ainda teve um caso com o cantor James Blunt, vinte anos mais novo que ela. Os dois viveram juntos em 2005, quando ele saiu da Inglattera e foi para Los Angeles tentar carreira como cantor. Carrie o convidou para ficar em sua casa. Em entrevista, eles afirmaram diversas vezes que se tornaram grandes amigos. Os dois ainda desfilaram juntos no tapete vermelho da première do filme O Despertar da Força, em dezembro de 2015. Na ocasião, Carrie levou à estreia seu fiel companheiro, o cachorro Gary. Quando foi internada, o cão acompanhou a filha da atriz, Billie, ao hospital.

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