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Met Opera suspende maestro James Levine, após acusações de abuso

Diretor musical da instituição foi acusado de ter abusado de jovem de 15 anos em 1993

Por AFP
Atualizado em 4 dez 2017, 11h44 - Publicado em 4 dez 2017, 10h53

James Levine foi suspenso neste domingo do cargo de diretor musical na Metropolitan Opera de Nova York, após denúncias de abusos sexuais cometidos na década de 1980. A instituição informou em um comunicado que Levine, de 74 anos, não vai trabalhar mais na atual temporada e que contratou um ex-promotor para investigar as acusações.

“Com base em novas informações, a Met decidiu atuar agora, enquanto esperamos os resultados da investigação”, anunciou Peter Gelb, diretor geral da Met Opera. “Isto é uma tragédia para qualquer um cuja vida tenha sido afetada”, completou.

Os jornais americanos The New York Times e New York Post informaram no sábado que um relatório policial de 2016, de Illinois, informa que Levine, então com 41 anos, abusou de um jovem a partir de 1985, quando a suposta vítima tinha 15 anos. Os abusos teriam continuado até 1993. A Met Opera informou algumas horas antes que Levine negou as acusações ao ser questionado no ano passado.

Um titã da música clássica, Levine estreou na Met Opera em 1971 e dirigiu mais de 2.500 apresentações de 85 óperas. Trabalhou com grandes estrelas como Luciano Pavarotti e Placido Domingo. “Estamos profundamente perturbados com os artigos que estão sendo publicados na internet sobre James Levine”, afirmou no sábado a Met, que anunciou ter aberto uma investigação “para determinar se as acusações de mau comportamento sexual nos anos 1980 são pertinentes, para que possamos tomar as ações apropriadas”.

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As acusações não podem ser alvo de processos judiciais, já que crimes contra menores prescrevem após nove anos no estado de Illinois.

‘Senti vergonha e culpa’

O denunciante, que hoje tem 48 anos e não se identificou, deseja se tornar diretor de orquestras e teve encontros com Levine sob o pretexto de discutir as ambições do jovem no mundo da música clássica. Os abusos começaram quando o maestro o deixou de carro em casa e parou o veículo na entrada. “Ele começou a segurar minha mão de forma prolongada e sensual”, disse a suposta vítima ao Times, acrescentando que os abusos aumentaram no verão seguinte.

“Senti vergonha e culpa”, declarou à polícia de Lake Forest, Illinois, segundo o Post. “Emocionalmente, fiquei ferido por isso, além de confuso e paralisado.” Levine teria se masturbado nu na frente dele, beijado e acariciado seu pênis no quarto de um hotel de luxo em Lake Forest, onde a cena teria se repetido diversas vezes ao longo dos anos até 1993.  Além de presentes, Levine o maestro feito o pagamento de 50.000 dólares em dinheiro.

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