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Mel Lisboa diz que Globo não lhe deu muitas oportunidades

Na Record, atriz trabalha duro na construção de Dalila para a minissérie que tem estreia prevista para 2011

Por Leo Pinheiro
26 set 2010, 16h08

“Eu só não queria estar contratada sem fazer nada, porque o contrato acaba e você não sabe se vai ser renovado”

Não foi por falta de aviso. Quando chegou à Record, Mel Lisboa ouviu do diretor de dramaturgia Hiran Silveira uma frase de boas vindas incomum: “Aqui você vai ralar muito.” Agora, para viver a protagonista do épico Sansão e Dalila, ao lado do amigo Fernando Pavão, a atriz está se dedicando em tempo integral. Além do estudo teórico que fez vendo filmes e lendo livros sobre a personagem, e de trabalhar individualmente com a preparadora de elenco vários dias por semana, a atriz fez aulas de dança para viver a personagem bíblica que seduz Sansão para roubar sua força. A minissérie, de 16 capítulos, vai ao ar em 2011, e tem orçamento de sete milhões de reais – patamar superior a boa parte das produções da rival Globo. Em entrevista a VEJA.com, Mel conta a maratona das últimas duas semanas, em que gravou no Nordeste. Nas praias de Beberibe, no Ceará e Genipabu, no Rio Grande do Norte, ela teve que montar um dromedário em pelo, sem nenhum tipo de sela, e correr pelas dunas, o que resultou em joelhos ralados. Além disso, em uma das praias a areia estava tão quente que não era possível ficar descalça. “Nas cenas que não mostram os pés eu fiz de tênis”, entrega.

Nada que tire o bom humor da atriz ou a faça reclamar do novo emprego. Em uma nova fase tanto na vida pessoal quanto profissional, a mãe de Bernardo, de um ano e oito meses, mostra-se bem contente com a troca da Globo pela Record. Ela nega que o motivo da troca tenha sido desentendimento com os profissionais da antiga casa. “Eu só não queria estar contratada sem fazer nada, porque o contrato acaba e você não sabe se vai ser renovado ou se você vai receber convite de outra emissora. Isso me deixava insegura, porque sou uma pessoa como outra qualquer, preciso trabalhar para pagar as contas”, argumenta, revelando que agora recebe um salário maior.

Teatro – Sobre cifras ela não fala, mas admite o óbvio: o dinheiro pesou na decisão de trocar de time. “Agora eu tenho um filho para criar, tenho que pensar no futuro dele. Além do mais, quem não quer saber que está garantido por cinco anos e ganhando mais?”. Mel afirma, no entanto, que o principal motivo da mudança foi vontade de trabalhar. Criar da mesma forma que faz no teatro. Só este ano ela atuou em duas peças: Após a Chuva e Mulheres Alteradas, em cartaz até março do ano que vem no Teatro Procópio Ferreira, em São Paulo. “No teatro eu posso criar as minhas oportunidades, escolher papéis. A tevê é uma máquina grande demais onde poucos podem escolher papéis, eu pelo menos nunca pude. Não tive grandes oportunidades de escolha na Globo”, desabafa.

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Perpetuada na pele de Lolita depois que fez o seu primeiro e, até hoje, maior papel na televisão, na minissérie Presença de Anita, em 2001, a atriz acha que sofreu preconceitos por parte dos escaladores de elenco da TV Globo. “Tem muita gente que liga o meu nome à Anita, e pressupõe que eu só sirvo para aquele papel. Tiram essa conclusão sem ter visto mais nada meu, ou por ter me visto fazer uma coisa parecida. Tem pessoas que falam com carinho que eu sou a cara da personagem até hoje, mas outras falam por maldade”, diz Mel.

Novelas – De fato, dos nove anos em que esteve na Globo, fez apenas três novelas, muito pouco para quem surgiu como uma grande promessa. Sua última atuação em folhetins globais tinha sido em Sete Pecados, novela das sete de Walcyr Carrasco, exibida em 2007. De lá para cá somente a licença maternidade e a participação em um único episódio do seriado Casos e Acasos, em 2009. A essa altura já começava o namoro da atriz com a Record. Recebeu convite para um dos papéis principais de Ribeirão do Tempo’, mas ainda tinha mais cinco meses de compromisso com a Globo. Cumpriu o acordo com a emissora carioca até o fim, mas sequer sentou para conversar sobre renovação. Vinte e quatro horas depois já assinava com o novo patrão o contrato que pretende renovar por muitos anos.

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