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‘Me forcei a suportar’, diz acusadora de Weinstein sobre estupro ao júri

Mimi Haleyi testemunhou contra o produtor na última segunda-feira, 27, e descreveu em detalhes como Harvey forçou o sexo oral com ela em 2006

Por Redação
28 jan 2020, 15h12

Os dias de Harvey Weinstein têm sido movimentados desde que o seu julgamento por abuso sexual começou em Nova York, no início do mês. Na segunda-feira, 26, Mimi Haleyi, acusadora no processo, subiu ao banco das testemunhas e descreveu como o ex-todo-poderoso de Hollywood forçou o sexo oral com ela em 2006.

“Ele me segurou na cama e colocou a boca na minha vagina, forçou sexo oral. Eu pedi diversas vezes para que ele não fizesse isso. Eu estava desesperada. Disse que estava menstruada e com um absorvente interno. Ele não acreditou no começo, mas o arrancou quando encontrou.”, descreveu Mimi.

O abuso teria ocorrido na casa do produtor, no bairro de Soho, em Nova York. Mimi, que participava de uma produção televisiva de Harvey, foi ao local a convite dele. Segundo o relato, um motorista pegou a atriz em seu apartamento e a levou até a residência, onde iniciaram uma conversa sentados em lados opostos do sofá.

“Pouco tempo depois que eu cheguei, ele veio para cima de mim e tentou me beijar. Eu levantei do sofá e disse que isso não aconteceria”, contou ela ao júri. “Ele me empurrou para trás e continuou me beijando enquanto eu tentava fugir”.

O relato, então, seguiu para a sua parte mais dramática. Mimi descreveu em detalhes como o produtor a levou para um quarto e forçou o sexo. “Eu estava de costas porque ele estava me empurrando com o próprio corpo. Eu cai na cama e tentei levantar e empurrá-lo, mas ele me segurou.” Continuou em meio às lágrimas. “Eu disse que não queria. Que estava menstruada. Eu tentei falar qualquer coisa que o fizesse parar, mas toda vez que eu tentava levantar da cama, ele me empurrava de volta. Então eu entendi o que estava, de fato, acontecendo – eu estava sendo estuprada”

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Harvey Weinstein chegando ao tribunal nesta terça-feira, 28 de janeiro, para mais um dia de julgamento. (David Dee Delgado/Getty Images)

A atriz ainda descreveu que assim que tomou consciência do abuso, ponderou diversas opções para escapar, mas nenhuma delas parecia viável. “Eu não conseguia nem tirá-lo de cima de mim, quem dirá fugir do apartamento. Depois de um tempo, eu apenas me forcei a suportar.”

Além dos dois casos sob julgamento em Nova York, cerca de 90 mulheres já vieram à público com acusações similares – entre elas a atriz Annabella Sciorra, que prestou depoimento na última semana e alega ter sido estuprada em sua casa nos anos 90. A maioria das acusações contra o magnata, inclusive a de Annabella, prescreveu em razão do tempo decorrido entre o crime e a denúncia feita pelas vítimas. Ao todo, oito casos foram investigados em busca de um ângulo para processar Weinstein. Outros três ainda podem resultar em acusações formais.

Weinstein está sendo julgado por estupro, em primeiro e terceiro grau; e ainda enfrenta duas acusações de “agressão sexual predatória”, termo legal que caracteriza a prática contumaz do delito e é um agravante da pena. Caso condenado, o produtor pode pegar de 28 anos à prisão perpétua. Hoje, ele se encontra em liberdade sob fiança de 1 milhão de dólares – cerca de 4 milhões de reais.

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