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Masp chega a acordo e renegocia sua dívida milionária

Museu paulista fechou acordo com a empresa Telefônica Vivo nesta quarta-feira

Por Da Redação
24 set 2015, 20h07

Paralisadas desde 2012, as obras do anexo Masp Vivo, na Avenida Paulista, em São Paulo, devem ser retomadas com o acordo firmado nesta quarta-feira entre o Museu de Arte de São Paulo (Masp) e a empresa Telefônica Vivo. Com uma dívida acumulada de 14 milhões de reais, que, corrigida, representaria algo em torno de 40 milhões de reais, o Masp conseguiu convertê-la em 10 milhões de reais, que serão pagos ao longo de vinte anos e sem juros – o restante será resgatado em patrocínio institucional e com a colaboração de outros parceiros estratégicos, como o Itaú, que ajuda na recuperação financeira do maior museu da América Latina.

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Segundo o anúncio, a Telefônica Vivo passa a ser parceira estratégica da instituição. A marca Vivo será exposta em comunicações e sinalizações do Masp, tais como placas de exposições, site e material impresso. Além disso, o museu vai oferecer contrapartida à empresa de telefonia, com a cessão de espaços para atividades culturais da Telefônica Vivo, o que deverá incluir um festival de teatro no auditório do museu, como adiantou o diretor-presidente do Masp, Heitor Martins.

“O acordo é um passo muito importante para o saneamento das dívidas do museu e traz de volta a Telefônica Vivo como patrocinadora”, comemorou Martins, que assumiu as negociações do Masp com a empresa de telefonia há exatamente um ano, concentrando seus esforços em renegociar a dívida que o museu tinha há mais de dez anos com ela, referente ao prédio anexo na Paulista.

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Ele não sabe quando será possível reiniciar as obras desse anexo, que deverá garantir ao museu novos espaços para exposições temporárias, além de salas para o setor administrativo e atividades educativas – o espaço físico atual é insuficiente para manter em exposição permanente o acervo do museu, com mais de 8 000 peças, entre elas obras-primas da escola italiana (Rafael Sanzio, Andrea Mantegna, Ticiano Vecellio), francesa (Pierre-Auguste Renoir, Édouard Manet, Paul Cézanne, Claude Monet), espanhola (Francisco de Goya, Diego Velázquez) e flamenga (Frans Hals, Peter Paul Rubens).

“O prédio anexo tem uma importância fundamental para o museu e vamos buscar parceiros para a etapa posterior, que é a da retomada da reforma”, garantiu Martins, observando que falta definir como será feita a nova obra. “Temos de decidir como faremos a ligação entre os dois prédios”. Ela poderá ser feita por meio de uma passagem subterrânea, que ligaria o subsolo do atual museu ao anexo, ou por uma passarela aérea. Em ambos os casos, essa ligação tem de ser aprovada, uma vez que o prédio do Masp, projetado pela arquiteta Lina Bo Bardi e inaugurado em 1968, é tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

A escolha de Martins recai por uma passagem subterrânea, o que, do ponto de vista logístico, permite maior mobilidade no trânsito de obras, funcionários e visitantes entre os dois prédios. “Acredito que todo esse processo ainda deva durar um ano e meio e que a reforma só recomece em 2017”, avalia o diretor-presidente do Masp. A instituição continua promovendo mudanças em sua estrutura interna, tendo, na semana passada, substituído seu serviço educativo, instituído em 1997, pela coordenadoria de Mediação e Programas Públicos.

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(Com Estadão Conteúdo)

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