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Lirinha lança álbum “Lira” e anuncia shows em SP

Por Da Redação
14 set 2011, 10h00

Por AE

São Paulo – Ele é o nosso Devendra, o nosso Alex Ebert (de Edward Sharpe and the Magnetic Zeros). Trata-se de José Paes de Lira, o Lirinha, duelista pernambucano que passou 13 anos atiçando as brasas da MPB indie nacional com sua finada banda Cordel do Fogo Encantado. Um ano depois de fechar a lojinha do Cordel, Lirinha voltou à baila no domingo (11) dando vazão na internet ao disco “Lira”, um coquetel de lírica & pedais que segue disponível inteirinho no site do cantor e compositor (https://www.josepaesdelira.net/). De vez em quando a música brasileira gesta um disco assim, com esse grau de delírio e modernidade.

Um ano e meio após o fim da banda Cordel do Fogo Encantado (que chegou a São Paulo no rastro do movimento mangue beat e fez história na música brasileira), Lirinha lança-se numa marcante aventura nas águas da baixa tecnologia e das linguagens sintéticas. “Eu sou feito de distorção e mau contato”, canta o artista, na faixa “Eletrônica Viva”, abraçando os privilégios da precariedade. Os shows de lançamento do disco em São Paulo serão nos dias 27 e 28 de outubro, no teatro do Sesc Vila Mariana, às 21 horas.

“Lira” traz uma participação marcante: o músico Lula Côrtes, que morreu em março, fez sua última arte no disco de Lirinha, na faixa “Adebayor”, tocando seu tricórdio (cítara marroquina). Lula Côrtes gravou nos anos 1970, com Zé Ramalho, o disco “Paêbiru” (1975), considerado o mais raro vinil do País e um dos mais disputados do mundo, custando até R$ 4 mil (isso se deu porque um incêndio na fábrica destruiu quase a totalidade das cópias, e Zé Ramalho nunca quis reeditá-lo).

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Lirinha começou a carreira aos 12 anos, declamando em Arcoverde, a quase 300 quilômetros da capital. Foi ali que, uma vez, Maurício Kubrusly baixou com sua caravana fantástica de descoberta do Brasil profundo e pôs o som do Cordel Encantado em horário nobre na Globo. Em 2001, sua banda chegou ao extinto Free Jazz Festival, a mais importante mostra de música àquela altura.

O grupo surgiu em 1997, quando Lirinha idealizou e montou o espetáculo cênico musical Cordel do Fogo Encantado, que se tornou seu tour de force artístico dali em diante. “No começo, a ideia era só fazer uma base percussiva para a contação de poesias”, disse. Gravaram três discos: “Cordel do Fogo Encantado” (2000), “O Palhaço do Circo Sem Futuro” (2002) e “Transfiguração” (2006). Em outubro de 2005, lançou o DVD “MTV Apresenta: Cordel do Fogo Encantado”. A repercussão do trabalho os levou a turnês internacionais, mas no ano passado Lirinha resolveu partir para uma nova aventura.

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