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Leonard Cohen lança novo álbum “Old Ideas”

Por Da Redação
24 jan 2012, 09h45

Chegou ontem à internet, uma semana antes das lojas, Old Ideas, o novo disco de Leonard Cohen, o 12.º de estúdio da carreira do cantor canadense de 77 anos. É um disco incomum de um cantor e compositor também incomum. Críticos já o comparam com Time Out of Mind, obra-prima de Bob Dylan, de 1997.

Leonard Cohen publicou poesia e prosa com o mesmo impacto que fez música. Ganhou o prêmio Príncipe de Astúrias de Literatura na Espanha no ano passado. Sua importância como literato é amplamente reconhecida: ontem, antes de sair o novo disco, a revista The New Yorker publicou o poema “Going Home” (faixa que abre o álbum), com um link para o áudio da canção, cujo poema é o suporte lírico. É como se Cohen se analisasse a partir de um alter ego, fora da própria condição de astro pop.

“Amo conversar com Leonard/Ele é um esportista e um pastor de ovelhas/ Ele é um bastardo preguiçoso vivendo dentro de um paletó/ Mas ele diz o que eu lhe digo/Mesmo sabendo que não será bem visto/ Ele nunca terá a liberdade de recusar/ Ele dirá palavras de sabedoria/ Como um sábio, um homem de visão/ Acho que ele sabe que não é nada além da breve elaboração de um tubo.”

Leonard Cohen, aos 77 anos, é considerado um dos grandes mestres da poesia cantada universal, como Lou Reed e Dylan, seus únicos equivalentes. Quase todo mundo relevante, de Johnny Cash a R.E.M., de Jeff Buckley a Nina Simone, de Nick Cave a Pixies, gravou alguma música sua ou sofreu sua influência.

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Embora nunca tenha se casado, ele viveu com mulheres famosas, como Joni Mitchell e a atriz Rebecca De Mornay. O relacionamento mais longo foi com Suzanne Elrod, mãe de seus dois filhos. Ele também foi alcoólatra e andou por diferentes drogas. Dedicou-se ao misticismo e religiões diversas, com uma queda mais acentuada pelo zen-budismo.

Velhas ideias, como diz o título do álbum, são uma pista falsa para o universo leonardiano. Sob um manto de folk music, ele revigora uma tradição centenária, que tem eco no universo dos chansonniers franceses ou dos lamentos hebraicos.

“Acho que rebusco algo. Não gosto de chamar isso de ideias. Acho que ideias são aquilo que se quer difundir. Ideias tendem a ser o lado direito das coisas: ecologia, vegetarianismo ou antiguerra. Tudo isso são ideias maravilhosas, mas eu gosto de trabalhar em uma canção até que esses slogans, tão maravilhosos quanto as ideias que querem promover, se dissolvam nas convicções profundas do coração. Nunca pretendi escrever uma canção didática. É só minha experiência. Tudo que ponho na canção é minha própria experiência”, diz.

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