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Leia trecho de livro em que Thammy conta agressão de Gretchen

Episódio é narrado em 'Thammy Miranda: Nadando Contra a Corrente', que será lançado no próximo dia 7, durante a Bienal do Livro do Rio de Janeiro

Por Da Redação
25 ago 2015, 16h08

No livro de memórias Thammy: Nadando contra a Corrente, que será lançado no dia 7 de setembro, durante a Bienal do Livro do Rio de Janeiro, o ator Thammy Miranda conta como foi a reação de sua mãe, a cantora Gretchen, ao descobrir a sua homossexualidade, durante a adolescência, quando ainda não havia se assumido transgênero. O episódio foi responsável por causar uma saia-justa durante a participação de Thammy e Gretchen no Programa Eliana, no último domingo, quando mãe e filho discordaram sobre o ocorrido.

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O livro assinado por Marcia Zanelatto conta como Thammy se envolveu com Carla, uma produtora de eventos quinze anos mais velha que havia organizado um show de sua mãe no Recife. Thammy e Carla tiveram um relacionamento por três anos — um deles em segredo. Desconfiada das atitudes de Thammy, que estava mais distante da vida familiar e parecia triste, Gretchen pegou o celular da filha e viu uma mensagem apaixonada de Carla.

Leia o trecho:

“Para Gretchen, era um castelo desmoronando. Um sonho se tornando pesadelo. “Onde foi que eu errei?” A pergunta das mães chegava pela primeira vez para ela, que tinha cuidado de tudo, controlado tudo. Que não tinha dado folga, que tinha sido mãe quando seria impossível ser mãe. Que tinha lutado por aquela garotinha com todas as suas forças. Por que sua filha, sua primeira filha, tão linda, tão boa filha, estava fazendo isso contra ela? (…)

O que Thammy nunca tinha imaginado é que aquela mulher tão forte queria somente a verdade. Queria a oportunidade de ouvir essa verdade da boca da sua própria filha e assumir com ela a responsabilidade sobre o que fazer. Queria proteger sua filha. Em plenos anos 1990, quando raríssimas mulheres se assumiam gays publicamente, fazia todo o sentido Gretchen tentar evitar a exposição da filha ao preconceito social. (…)

Thammy desceu em busca de um orelhão, avisou Carla e voltou. O tormento estava só começando. Quando voltou ao hotel, Gretchen perguntou aonde ela tinha ido. Thammy, ressabiada, mentiu. E Gretchen viu nos olhos da filha que ela estava mentindo. Mais uma mentira. Foi a gota d’água.

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Triste cena. Mãe e filha, agora, rompiam em violento desacordo. Gretchen deixou descer pelas mãos toda a sua decepção, sua revolta. Sua mente estava turva, encharcada de decepção. Não tinha recursos, não tinha mais uma palavra que desse conta do que sentia. Restava o gesto bruto. Pegou Thammy pelos cabelos e a atirou violentamente contra o chão. A raiva era tanta que ela poderia ter feito pior; com dificuldade, conseguiu se segurar.

O desespero realmente faz essas coisas com uma mãe, com um pai. São as ilusões de controle e de posse que se pode infelizmente ter sobre um filho. Isso Thammy poderia até compreender. Mas nenhum tipo de agressão física poderia doer mais do que a única frase inteira que Maria Odete conseguiu dizer:

– Eu preferia ter uma filha morta a ter uma filha sapatão. (…)

Gretchen tem uma lembrança diferente. Ela se lembra de ter falado que preferia uma filha drogada a uma filha sapatão, já que para a filha drogada a solução seria um tratamento, uma clínica de desintoxicação. Já a homossexualidade não tinha tratamento.”

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(Da redação)

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