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‘Justus me incentivou a assumir O Aprendiz’, diz João Dória Jr.

Por Maria Carolina Maia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 11 ago 2009, 21h25

Antes de assinar contrato com a Rede Record, onde apresentará a partir de abril de 2010 o programa O Aprendiz, o empresário João Dória Jr. consultou o publicitário Roberto Justus. Recém-contratado pelo SBT, Justus, antigo titular do reality show, o estimulou a aceitar o convite. “Ele elogiou o programa e a conduta da Record”, garante Dória Jr.

Diretor nos anos 1970 e 80 da TV Bandeirantes, onde hoje apresenta o programa de entrevistas Show Business, que seguirá pilotando, Dória Jr. dá o maior passo da sua carreira à frente das telas. Estima-se que no comando de O Aprendiz, uma das atrações mais vistas da Record, ele vá embolsar um dos maiores salários da TV – menor apenas que os de Faustão e Gugu Liberato. Questionado, o empresário ri, desconversa e diz somente que se trata de “uma receita muito boa”. E que seu contrato vai até agosto de 2011. Ainda esbanja animação e confiança, apesar do processo aberto pelo juiz Gláucio de Araújo, da 9ª Vara Criminal de São Paulo, contra Edir Macedo, fundador da Igreja Universal do Reino de Deus e dono da Record, por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Processo sobre o qual, aliás, não fala. Confira a entrevista de João Dória Jr. a VEJA.com.

O senhor chegou a conversar com Roberto Justus sobre o convite da Record?

Cheguei, sim, ainda na fase de negociação. Temos uma boa relação, nos damos bem. Ele foi incentivador, colocou valores que eu pesei e que contribuíram para a minha decisão. Justus elogiou o programa e a conduta da Record.

O senhor assistia ao reality show antes? Pretende se espelhar em Justus?

Eu assisti, gostei do programa e do formato, razão pela qual fiquei motivado a aceitar o convite. Quanto a me espelhar no Justus, não é o caso. Acho que a expectativa da Record e do público é para que eu siga outra linha.

Será um novo estilo de gestão?

Sim. Na Doria Associados, lidero pelo exemplo, e não pelo medo. A liderança é feita pela atitude, pela convivência, pelo modelo e por um comportamento sempre muito construtivo. Penso em levar um pouco disso para o programa.

Que alterações o senhor prepara para o programa?

Isso vai ser definido nas reuniões de produção, em setembro. A única coisa que posso garantir é que o nome permanece e que nesse programa serei eu mesmo. Não há hipótese de estar ali interpretando. Esse foi um dos pontos negociados com a Record.

Roberto Justus interpretava?

Não, eu creio que não, mas não posso dizer se tinha uma ação interpretativa dele. No meu caso, posso afirmar: não haverá.

O senhor não acha difícil o público dissociar a imagem de Justus do programa?Foto de Roberto Setto/VEJA

Acho que não. A televisão tem um poder de influência e uma capacidade de mutação muito forte. Se não fosse assim, um ator que interpretasse um personagem em uma novela não poderia fazer outra.

Qual será o prêmio para o vencedor?

Provavelmente 1 milhão de reais em dinheiro e a oportunidade de trabalhar em uma das empresas do grupo Dória Associados (o grupo realiza eventos e edita revistas, entre outras atividades).

A Band não se opôs à sua ida para a Record?

Não, eles compreenderam e aceitaram que eu pudesse fazer O Aprendiz, um programa de dois meses – abril e maio – e também o Show Business, semanal.

O senhor é funcionário da Band ou paga pelo horário?

Eu e a Band somos sócios no programa, dividimos custos e resultados. Como pessoa física, não sou contratado da emissora.

O que o senhor acha do atual mercado de TV, com troca de artistas entre as emissoras?

Acho saudável. Mostra que as emissoras estão olhando a economia com uma perspectiva positiva. Ninguém faz investimento em período de vacas magras. As redes de televisão estão construindo as suas grades de programação e preparando um 2010 competitivo. Todos ganham com isso: telespectadores, anunciantes, mercado publicitário, artistas.

O senhor está numa situação confortável. Ainda tem um plano de carreira?

Acho que se deve ter sempre. À medida que se perde o horizonte de desafio, ocorre a desistência do próprio êxito. É preciso estabelecer objetivos e metas, nem que seja para você mesmo, e persegui-los, porque isso é o que dá ânimo, te faz acordar de manhã com vontade de trabalhar, de realizar, de ser reconhecido. E não é pelo dinheiro, é pela realização. Se perder isso, tem-se o fracasso.

Para onde o seu plano de carreira aponta hoje?

Não vou deixar de ser empresário. Em novembro, completo vinte anos fazendo televisão, e não deixei de ser empresário. A ideia é continuar fazendo a mesma coisa. Dá trabalho, mas me deixa feliz.

O senhor é muito bem relacionado. Nunca pensou em seguir carreira política?

Não. Gosto da política, mas esse horizonte ainda não está “escaneado”.

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