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João Paulo Cuenca estreia como diretor em ‘Fragmentos’

Por Da Redação
11 out 2011, 10h53

Por AE

São Paulo – Se a literatura é, por excelência, o lugar da solidão. O teatro talvez possa ser o espaço do encontro. Ou, ao menos, de solidões compartilhadas. Movido por essa crença o escritor João Paulo Cuenca faz sua estreia como diretor teatral.

“O trabalho do romancista é muito solitário, é desgraçado. Um inferno. Vou continuar escrevendo meus livros, mas tenho necessidade de alguma interlocução mais presente, mais humana”, diz Cuenca, que assina, em parceria com Fernanda Félix, a dramaturgia e a encenação de “Fragmentos”.

O espetáculo, que entrou em cartaz este fim de semana no Espaço Oi Futuro, do Rio, é declaradamente inspirado em “Fragmentos de um Discurso Amoroso”, o celebrado livro de Roland Barthes.

Toma emprestado do autor francês a imagem desse ser enamorado que fala constantemente de si diante do outro. Alguém que cria, no próprio discurso, uma história de amor. História essa que a linguagem não cessa de reinventar e ressignificar. “O amor é uma grande narrativa, é uma ficção irresistível, que a gente não consegue deixar de construir”, aponta Cuenca.

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O mote da peça pode ser o mesmo do livro. Mas a forma de engendrá-lo é diversa. O formato palimpséstico utilizado por Barthes, que movimenta recortes do tecido amoroso, não vai à cena. Na contramão, “Fragmentos” tenta erigir uma narrativa. Repousa sobre o percurso de um casal. Ainda que isso não signifique uma fábula coesa, com princípio, meio e fim. “A estrutura da narrativa amorosa é assim. Assume-se o lugar de um personagem. E, às vezes, nada é o que parece. É um terreno movediço, fugidio”, diz Cuenca.

Não é a primeira vez que João Paulo Cuenca envereda pela dramaturgia. E, ao que parece, não será a última. Antes de “Fragmentos”, ele escreveu “Terror”, texto que mereceu encenação de Pedro Brício. Em 2010, também ensaiou os passos como roteirista de televisão: foi um dos autores da série “Afinal, O que Querem as Mulheres?”. Agora, o próximo plano é lançar-se como cineasta. “Na dramaturgia você tem que ser generoso. O romancista é um ser mesquinho. É uma megalomania que não compete a um diretor ou a um dramaturgo. Ali, você tem que ceder. E eu fui muito feliz cedendo.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fragmentos – Oi Futuro (Rua Dois de Dezembro, 63, Flamengo). Tel. (21) 3131-3060. 6ª a dom., 19h30. R$ 15. Até 13/11.

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