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Italiano “Fuocoammare” ganha o Urso de Ouro em Berlim

Documentário de Gianfranco Rosi saiu vencedor na cerimônia da noite de sábado. O Grande Prêmio do Júri foi para Danis Tanovic pela segunda vez, por Smrt u Sarajevu

Por Por: Mariane Morisawa, de Berlim
20 fev 2016, 19h15

O documentário Fuocoammare, dirigido pelo italiano Gianfranco Rosi, foi o vencedor do Urso de Ouro da 66º Festival de Berlim. A cerimônia de premiação aconteceu na noite deste sábado 20.

O Grande Prêmio do Júri, uma espécie de segundo lugar, foi para Smrt u Sarajevu (Death in Sarajevo, em inglês), do bósnio Danis Tanovic – o diretor ganhou o mesmo Urso de Prata em 2013 por Um Episódio na Vida de um Catador de Ferro-Velho.

A francesa Mia Hansen-Løve foi escolhida a melhor diretora, pelo longa-metragem L’Avenir (Things to Come, em inglês).

O tunisiano Majd Mastoura foi o melhor ator por Inhebbek Hedi, de Mohamed Ben Attia. A dinamarquesa Trine Dyrholm recebeu o Urso de Prata de melhor atriz por Kollektivet (The Commune, em inglês), dirigido por Thomas Vinterberg.

O roteiro de Zjednoczone Stany Milosci (United States of Love, em inglês), escrito pelo polonês Tomasz Wasilewski e dirigido por ele mesmo, foi premiado com o Urso de Prata.

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A fotografia de Mark Lee Ping-Bing, do chinês Chang Jiang Tu (Crosscurrent, em inglês), dirigido por Yang Chao, levou o Urso de Prata de contribuição artística, que pode vir das categorias câmera, montagem, trilha sonora, figurino ou cenários. Ping-Bing fez a fotografia de A Assassina, de Hou Hsiao-hsien, e Amor à Flor da Pele, de Wong Kar-wai.

O Urso de Prata Alfred Bauer, entregue a um longa-metragem que abra novas perspectivas, foi para o filipino Lav Diaz, por Hele Sa Hiwagang Hapis (A Lullaby to the Sorrowful Mystery, em inglês). “Agradeço ao Festival de Berlim, porque era um risco grande exibir um filme de oito horas”, disse o diretor. “Tenho muita gente para agradecer, demoraria umas 40 horas”, brincou.

O júri da competição oficial foi presidido pela atriz americana Meryl Streep e composto pelo ator alemão Lars Eidinger, o crítico inglês Nick James, a fotógrafa francesa Brigitte Lacombe, o ator inglês Clive Owen, a atriz italiana Alba Rohrwacher e a cineasta polonesa Malgorzata Szumowska.

O júri internacional de curtas-metragens deu o Urso de Ouro de melhor filme na categoria para o português Balada de um Batráquio, de Leonor Teles, sobre a vida dos ciganos em seu país. O Urso de Prata – Prêmio do Júri foi para A Man Returned, coprodução entre Reino Unido, Dinamarca e Holanda sobre refugiados, dirigido por Mahdi Fleifel. Jin Zhi Xia Mao, dirigido pelo chinês de Taiwan Chiang Wei Liang, levou o Audi Short Film Award, com prêmio em dinheiro de 20 mil euros. A produção também trata de refugiados, mas em Taiwan. No júri, estavam a curadora Sheikha Hoor Al-Qasimi, dos Emirados Árabes Unidos, o cineasta israelense Avi Mograbi e a curadora e escritora grega Katerina Gregos.

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Inhebbek Hedi, do tunisiano Mohamed Ben Attia, venceu o prêmio de melhor estreia em longa-metragem, com prêmio em dinheiro de 50 mil euros. Foram avaliados filmes da competição e das mostras Panorama, Fórum, Geração e Perspectiva do Cinema Alemão. O filme foi exibido dentro da competição e faz um paralelo entre um jovem dividido entre a tradição e a modernidade e a situação do país em transformação. O júri foi composto pelo cineasta mexicano Michel Franco, o ator italiano Enrico Lo Verso e a diretora franco-suíça Ursula Meier.

Nas paralelas, o júri da juventude da mostra Geração 14plus deu o Urso de Cristal de melhor filme para Es Esmu šeit, de Renārs Vimba, da Letônia. Las Plantas, de Roberto Doveris, ganhou uma menção especial. O Urso de Cristal de curta-metragem foi para Balcony, da Grã-Bretanha, dirigido por Toby Fell-Holden. O sueco Kroppen är en Ensam Plats, de Ida Lindgren, levou menção especial entre os curtas. O júri oficial da mesma mostra, formado por Sam de Jong, Petros Silvestros e Liz Watts, decidiu dar o Grande Prêmio para o chileno Las Plantas, de Roberto Doveris. O alemão Zhaleika, de Eliza Petkova, saiu com uma menção especial. O prêmio especial de curta foi para O Noapte in Tokoriki, da romena Roxana Stroe, com menção especial para Kroppen är en Ensam Plats, dirigido pela sueca Ida Lindgren.

Na mostra Geração KPlus, o júri das crianças entregou o Urso de Cristal de melhor filme para Ottaal, do indiano Jayaraj Rajasekharan Nair, com menção especial para o francês Jamais Contente, dirigido por Emilie Deleuze. O Urso de Cristal de melhor curta foi para o argentino Mariano Biasin por El Inicio de Fabrizio, com menção honrosa para a holandesa Niki Padidar por seu Ninnoc. Já o júri internacional deu o Grande Prêmio de melhor filme para a coprodução entre Chile e Argentina Rara, de Pepa San Martín. A menção especial foi para Genç Pehlivanlar, coproduzido por Holanda e Turquia e dirigido por Mete Gümürhan. O Prêmio Especial de curta foi para Semele (EUA/Chipre), de Myrsini Aristidou, com menção especial para o mexicano Aurelia y Pedro, de Omar Robles e José Permar.

A seção Panorama não tem júri. O público elege seus favoritos – no ano passado, Que Horas Ela Volta?, de Anna Muylaert, foi o preferido. Neste ano, a cineasta não teve tanta sorte com Mãe Só Há Uma. Junction 48, do israelense Udi Alone, ficou em primeiro, com Grüsse aus Fukushima, da alemã Doris Dörrie em segundo, e Shepherds and Butchers, do sul-africano Oliver Schimitz, em terceiro. Entre os documentários, Who’s Gonna Love Me Now?, coprodução Israel e Grã-Bretanha de Tomer e Barak Heymann, Strike A Pose, feito em conjunto pela Holanda e pela Bélgica e dirigido por Reijer Zwaan e Ester Gold, e WEEKENDS, do sul-coreano Lee Dong-ha, ocuparam a primeira, a segunda e a terceira posições respectivamente.

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A Fipresci – Federação Internacional de Imprensa Cinematográfica – escolheu Smrt u Sarajevu, de Danis Tanovic, como o melhor longa da competição. O favorito entre os filmes da seção Panorama foi Aloys, de Tobias Nölle. The Revolution Won’t Be Televised, de Rama Thiaw, foi o preferido entre os integrantes da mostra Fórum.

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