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IMPERDÍVEL: ‘Meu Rei’ é autópsia de uma obsessão amorosa

A loucura de que trata o filme está presente, ainda que num lampejo ou num vislumbre, em qualquer grau que seja, em todo e qualquer romance

Por Maria Carolina Maia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 24 set 2016, 06h58 - Publicado em 24 set 2016, 06h58

(Mon Roi, França, 2015) Há um diálogo em Meu Rei, da diretora francesa Maïwenn, que é a chave para o filme e para a virada que ele dá. Depois de uma inspirada noite de sexo, a fragilizada (e diferentona) Tony, apelido de Marie-Antoinette Jézéquel (Emmanuelle Bercot, premiada em Cannes pelo papel), se sente tão ligada a Georgio Milevski (Vincent Cassel), a quem conheceu na saída de uma balada, que confidencia uma intimidade que poucas compartilhariam com quem quer que fosse. Seu ex-marido, diz, a deixou porque achava a sua vagina muito larga. “Um idiota”, resume, antes de perguntar a Georgio se ele faz parte desse grupo. “Eu sou o rei dos idiotas”, responde ele, em uma brincadeira que, saberemos a seguir, porque nesse ponto o romance é apenas flores, tem muito de verdade. Do trajeto entre as flores e a estúpida coroação de Georgio, por quem um espectador pouco empático pode chegar a sentir ódio, Meu Rei disseca uma relação amorosa que tem por base a obsessão — e não apenas de Tony, com se pode pensar, por sua aparência quase vítrea. E, poderia se acrescentar aqui, não apenas de Georgio, o candidato a cafajeste da vez de Vincent Cassel, um ator especialista nesse tipo de personagem. Realista, e completamente verossímil, também graças a Cassel e a Emmanuelle Bercot, que fazem bem os seus papéis, o filme é em algum ponto um espelho, já que a loucura de que trata está presente, ainda que num lampejo ou num vislumbre, em qualquer grau que seja, em todo e qualquer romance.

 


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