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IMPERDÍVEL – ‘Little Girl Blue’ corrige falha com ícone do rock

Filme da diretora Amy Berg põe em cartaz, nos cinemas do país, uma das personagens mais singulares da história da música

Por Maria Carolina Maia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 12 jul 2016, 17h02 - Publicado em 8 jul 2016, 22h04

Um maluco por efemérides pode se perguntar por que agora. Little Girl Blue, o documentário de Amy Berg (Livrai-nos do Mal) que repassa a vida de Janis Joplin, chega ao Brasil a poucos meses do aniversário de 46 anos da morte da cantora, em outubro. Mesmo no exterior, onde foi lançado no final de 2015, o longa não teve um grande gancho — não se tratava, por exemplo, do aniversário de 50 anos da morte, um número mais redondo. Mas a questão não é nem pode ser essa. O ponto aqui é outro: por que não antes, e muito antes? Dona de um estilo único, Janis Joplin é uma das cantoras mais singulares que já eclodiram em cima de um palco, além de um símbolo maior da contracultura que chacoalhou o mundo nos anos 1960 e 70 e deixou marcas profundas na cultura ocidental. O papel de Amy Berg é portanto o de, ao traçar a biografia de Janis a partir de cartas que a cantora enviava para a família, amigos e namorados, corrigir uma falha. Além de um documentário canadense de 1974 e de A Rosa (1979), um longa com Bette Midler livremente inspirado na história da texana, pouco se produziu sobre ela. E Amy Berg cumpre a missão, senão com brilhantismo, ao menos de maneira competente. O filme é linear: conta a história de Janis desde a infância e a adolescência em Port Arthur, onde sofreu por bullying e inadequação, até o sucesso aos 20 poucos anos, quando encontrou o seu lugar em meio à liberdade de San Francisco, sempre com músicas pontuando as passagens de tempo. A linearidade ajuda a explicar a fragilidade da cantora, a sua entrega no palco e a relação com as drogas, que a vitimariam de forma letal aos 27 anos. Para os brasileiros, Little Girl Blue tem um atrativo a mais: o filme dá desatque à viagem de Janis ao país, em 1970, quando ela fez topless na praia, viajou de carona e conheceu aquele que parece ter sido o amor da sua vida, o americano David Niehaus — em quem ela certamente pensava ao cantar Me and Bobby McGee, um de seus maiores hits. Só quem deve ficar desapontado com o documentário é o músico Sergei, que sustenta ter transado com Janis em sua estadia no Rio. Sergei, isso é mesmo uma pena, não está no filme.

 

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