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Harvey Weinstein não testemunhará ante grande júri por ‘pressão política’

Defesa critica o procurador Cyrus Vance, de Manhattan, que estaria sendo pressionado a acusar o produtor de Hollywood

Por agência France-Presse
Atualizado em 30 Maio 2018, 18h08 - Publicado em 30 Maio 2018, 17h36

O antes poderoso produtor de Hollywood Harvey Weinstein, acusado de estupro e assédio sexual, não testemunhará ante o grande júri de Nova York porque considera que o procurador de Manhattan cede à “pressão política” para acusá-lo, segundo seu advogado. Brafman também se queixou de que não houve “tempo suficiente” para “preparar corretamente” o seu cliente para testemunhar, devido ao feriado prolongado do Memorial Day. O pedido para adiar o seu comparecimento, previsto para esta quarta-feira, às 14h locais (15h de Brasília), foi negado, disse Brafman.

“Weinstein pensa em seguir o conselho de seus advogados e não testemunhar diante de um grande júri”, disse Brafman em comunicado. “Independentemente do quão convincente seja o depoimento pessoal de Weinstein, uma acusação era inevitável devido à pressão política injusta colocada em Cy Vance (procurador) para assegurar uma condenação.”

O procurador Cyrus Vance, criticado por não ter levado Weinstein aos tribunais por outra denúncia de agressão sexual, três anos atrás, foi quem revelou as acusações contra o ex-produtor de cinema e televisão, na sexta-feira passada. Weinstein foi acusado de estupro e crime sexual em Nova York na sexta-feira passada, oito meses depois da explosão do escândalo, em 2017, um marco para o movimento #MeToo contra o assédio e a agressão sexual.

Mas, pelas regras do sistema judiciário americano, o grande júri ainda deve confirmar se as provas apresentadas contra Weinstein são suficientes para a sua acusação formal.

O famoso produtor de 66 anos, casado e pai de cinco filhos, foi acusado de estupro em primeiro e terceiro graus pelo ataque contra uma jovem em 2013 e de forçar outra jovem a fazer sexo oral nele em 2014. As vítimas não foram identificadas. Seu advogado afirma que a acusação de estupro envolve uma mulher com a qual Weinstein “compartilhou uma relação consensual de dez anos e que continuou durante anos” após o suposto incidente de 2013.

Weinstein foi liberado após pagar uma fiança de um milhão de dólares em espécie. Entregou seu passaporte, deve usar uma tornozeleira eletrônica com GPS e não pode sair dos Estados de Nova York e Connecticut.

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Sua carreira afundou quando artigos publicados na revista New Yorker e no jornal New York Times revelaram algumas das mais de 100 denúncias contra ele por abuso, agressão sexual e estupro ao longo de três décadas.

O escândalo provocou uma tomada de consciência sobre o abuso e a agressão sexual nos Estados Unidos e ao redor do mundo, desatando inúmeras acusações e atualizações de regras de conduta em muitas outras indústrias.

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