‘Haja Coração’ chega ao fim com Ibope de ‘A Lei do Amor’
Com segunda missão cumprida como autor principal, dramaturgo Daniel Ortiz deve agora fazer trama de argumento próprio
É com sensação de dever cumprido que Daniel Ortiz encerra nesta terça-feira Haja Coração, sua segunda novela como autor principal na Globo. Entre os desafios, estavam o de transformar uma trama dos anos 1980 em uma história contemporânea, agradar ao mentor, Silvio de Abreu, e manter a boa média do horário — deve acabar na casa dos 27 pontos de média no Ibope, número que a deixa no mesmo patamar da antecessora, a bem-sucedida Totalmente Demais, e emparelhada com a nova novela das 9 da emissora, A Lei do Amor. Diretor de dramaturgia da Globo, Silvio de Abreu é também o criador de Sassaricando, obra que inspirou Haja Coração.
“Quando comecei esse projeto, o Silvio de Abreu foi muito generoso e me deu carta branca para fazer o que eu quisesse. Nós nos falamos todos os dias e ele me deu vários feedbacks. Sempre foi muito querido e disse que a novela era minha. Ele me deu várias orientações, assim como faz com todos os autores, mas sei que ele está muito feliz com o sucesso de Haja Coração“, diz.
Antes de ser “descoberto” por Silvio de Abreu, Daniel havia escrito uma novela mexicana e uma árabe. Na Globo desde 2010, foi colaborador de Passione (2010) e Guerra dos Sexos (2012), ambas de Abreu. Em 2014, foi promovido com Alto Astral, sinopse escrita por Andréa Maltarolli (1962-2009), responsável por interromper a queda da audiência na faixa das 19h. Após dois trabalhos bem-sucedidos, o próximo deve ter argumento de autoria própria.
“Quero fazer algo original, mas esses trabalhos surgiram e foi uma coincidência. Vou pensar numa história com mais calma, agora que terei mais tempo. Fiz cinco novelas em seis anos. É muita coisa.”
É possível, aliás, que Ortiz se descole mais de Abreu nesta noite. Tancinha (Mariana Ximenes), personagem secundária de Sassaricando que foi alçada a protagonista de Haja Coração, pode ter um destino diferente desta vez, e terminar não com Apolo (Malvino Salvador), mas com Beto (João Baldasserini). Difícil, mas não impossível.
(Com Estadão Conteúdo)