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Gusttavo Lima diz que não fará mais lives e filhos de Bolsonaro o defendem

Os filhos "Zero Dois" e "Zero Três" saíram em defesa do sertanejo, que foi notificado pelo Conar por fazer propaganda de cerveja em show na internet

Por Felipe Branco Cruz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 16 abr 2020, 18h46 - Publicado em 16 abr 2020, 18h00

Depois de se apresentar ao vivo para mais de 2,6 milhões de pessoas que, durante a quarentena do coronavírus, assistiram simultaneamente à sua live no YouTube no último sábado, 11, Gusttavo Lima avisou que não pretende mais promover este tipo de transmissão. O motivo foi uma representação aberta pelo Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) contra o artista e também contra a Ambev, que patrocinou a atração.

Na noite desta quarta-feira, 15, Gusttavo Lima usou seu perfil no Twitter para reclamar de que teria sofrido censura. “Acho que o grande segredo da live é tirar o lençol do fantasma. Acho que uma live engessada e politicamente correta não tem graça. O bom são as brincadeiras, a vontade, levar alegria, alto astral para as pessoas que estão agoniadas nesse momento. Não farei live para ser censurado”. O tuíte foi apagado, mas a mensagem chegou até aos filhos do presidente Jair Bolsonaro, que se manifestaram em defesa do artista.

Eduardo Bolsonaro, o filho Zero Três, deu um “conselho” ao artista. “Não seja influenciado pela opinião de quem só quer te destruir. Pense nas pessoas que tem ajudado (sic), no seu público gigante e não se influencie por vagabundos, o Brasil está com você, esperamos mais lives com ansiedade”.

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Carlos Bolsonaro, o Zero Dois, preferiu retuitar um comentário do ativista em segurança pública Bene Barbosa, que sugeriu a Gusttavo Lima que fizesse a próxima live com uma espingarda ao lado. No início de março, poucos dias depois do início das medidas de distanciamento social, o cantor postou nas redes sociais uma foto na piscina ao lado do filho mais novo do presidente, Jair Renan Bolsonaro. A foto também foi apagada pelo cantor posteriormente.

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O motivo da representação do Conar, no entanto, não teve nada a ver com política. O conselho recebeu diversas reclamações de consumidores que consideraram que as ações publicitárias das marcas de bebidas da Ambev, que Gusttavo Lima fez durante a transmissão, poderiam estimular o consumo irresponsável de álcool. Vale lembrar que o artista, que ficou mais de 7 horas ao vivo, terminou a apresentação visivelmente alcoolizado, depois de consumir diversos tipos de bebidas.

(Twitter/Reprodução)
(Twitter/Reprodução)

Embora não citados nominalmente pelo Conar, lives de outros artistas patrocinadas pela Ambev também estão na mira do órgão. As duplas Bruno & Marrone e Zé Neto & Cristiano foram algumas que fizeram propaganda de cerveja e terminaram suas apresentações trocando as pernas e enrolando a língua.

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Depois de apagar o primeiro tuíte, Gusttavo Lima publicou outras mensagens na rede social sobre a live, destacando os alimentos arrecadados para causas sociais. “Juntos, ajudamos muitas pessoas. Foram toneladas de alimentos e arrecadações… Fizemos nosso papel, Deus abençoe a todos”, escreveu. “Àqueles que só criticam e não ajudam em nada, vai um conselho: não precisam ajudar, mas não atrapalhem quem está procurando ajudar nossos irmãos necessitados”, completou.

O cantor destacou ainda que as lives abrem a possibilidade do artista mostrar a sua intimidade. “Além de shows ao vivo, estamos arrecadando e fazendo doações para entidades e pessoas carentes que neste momento passam por extrema necessidade… Estamos dividindo as nossas intimidades, mostrando ao público como é nossa vida fora dos palcos, compartilhando momentos únicos!”.

Em nota oficial, a assessoria de imprensa de Gusttavo Lima disse que “o departamento jurídico já está acompanhando o caso” e que “os esclarecimentos necessários serão prestados conforme determinado na referida citação”.

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