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Grupo que mistura pagode e eletrônica promete ser hit do carnaval

Grupo baiano Attooxxa faz sucesso com a música 'Elas Gostam (Popa da Bunda)', uma colaboração com Psirico

Por Estadão Conteúdo 1 fev 2018, 11h12

O grande candidato ao hit do carnaval de Salvador deste ano é uma mistura do tradicional pagodão baiano com técnicas eletrônicas: Elas Gostam (Popa da Bunda), do grupo Attooxxa (ou ÀTTØØXXÁ, como eles preferem), com participação de Psirico. A banda é do produtor Rafa Dias, expoente de um grupo contemporâneo de músicos, artistas, MCs e produtores vivamente criativos da Bahia, estado que já tem história na vanguarda musical do Brasil.

Frutos de um trabalho que envolve muita gente e já ocorre há mais de dez anos, com a proliferação natural da internet, a banda começa, aos poucos, a ganhar as casas de shows e praças dos outros grandes centros urbanos do Brasil.

Dois elementos parecem reunir nomes diversos desse espectro musical que resiste a definições tradicionais de gêneros musicais: música eletrônica e cultura periférica de Salvador. O BaianaSystem é o nome citado por todos como uma espécie de farol (mas não necessariamente pioneiro).

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O Attoxxa surgiu no início da década depois que o produtor Rafa Dias, de 27 anos, já vinha experimentando ao misturar música eletrônica com batidas percussivas regionais. “Muita gente vinha fazendo isso com o ghettotech, o kuduro, a cumbia eletrônica. Minha intenção era fazer o arrocha com dubstep, um projeto para pista, mas o tempo passou e o pagodão prevaleceu”, explica sobre o som da banda, praticamente indefinível, que busca lá fora referências que vão de Major Lazer a Buraka Som Sistema.

“A indústria pesou demais na Bahia nos anos 2000, a galera meio que encaixotou os ritmos”, diz. “Mas sempre rolou o movimento de experimentação. Tinha menos público, a internet não tinha chegado, houve pouca comunicação.”

O produtor Alex Pinto foi produtor do BaianaSystem por períodos entre 2010 e 2017. “A fase da música mais industrial, o axé dos anos 1990, ficou muito na crista da onda. Os grupos com menos favorecimento econômico não conseguiam aparecer: Lampirônicos, Scambo, Adão Negro. Depois veio essa galera em que o Baiana virou o grande artista que conseguiu quebrar as barreiras importantes, chegar a São Paulo, aos Sescs, Virada Cultural, Lollapalooza”, explica.

O hip-hop

A conexão com a cultura hip-hop é outro ponto de interesse comum entre os músicos desse cenário. O rapper Vandal de Verdade, que é conhecido em Salvador e também no hip-hop de São Paulo, tem se apresentado em diversos shows do BaianaSystem e tem relação próxima com Rafa Dias, do Attooxxa, que produziu várias faixas do seu primeiro disco, TIPOLAZVEGAZH, de 2015.

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“Por muito tempo a música alternativa penou em Salvador, e agora está conseguindo alcançar novos nichos, mas não existe uma cena formada”, explica. “Existem nomes que estão lutando nas trincheiras, como eu, para que isso aconteça. Somos uma cidade pobre. Não temos dinheiro necessário para fazer com que isso tenha uma efervescência mais concentrada, que ganhe proporções maiores.”

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