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Globo inaugura o 3D pelo carnaval e mira no Rock in Rio

Publicidade e efeitos visuais vão saltar da tela, mas maior parte do desfile dará ao espectador a sensação de profundidade na imagem

Por João Marcello Erthal, do Rio de Janeiro
4 mar 2011, 12h31

“Os eventos ao vivo são ideais para esse tipo de experiência, porque o que está diante das câmeras acontece em tempo real. Produzir televisão em 3D, em estúdio, é muito diferente. O custo aumenta em torno de 30%, assim como o tempo de produção”, explica José Dias

Sem alarde, a Rede Globo põe, no domingo de carnaval, seu pé nas transmissões com sinal tridimensional. Não há motivo para barulho porque, por enquanto, é reduzidíssimo o número de aparelhos de TV com capacidade de exibir esse tipo de imagem, mas como tudo que diz respeito ao 3D – seja no cinema, na TV, em videogames e até em celulares – trata-se de um passo sem volta. A próxima transmissão desse tipo já está nos planos da emissora: o Rock in Rio, que acontece em setembro deste ano.

Os assinantes da NET que tenham o pacote de alta definição (HD) vão receber o sinal 3D pelo canal 701. “Os eventos ao vivo são ideais para esse tipo de experiência, porque o que está diante das câmeras acontece em tempo real. Produzir televisão em 3D, em estúdio, é muito diferente. O custo aumenta em torno de 30%, assim como o tempo de produção”, explica José Dias, diretor de pesquisa e desenvolvimento da Globo.

José Dias, da Globo: transmissão em tempo real é mais adequada para as experiências com o 3D
José Dias, da Globo: transmissão em tempo real é mais adequada para as experiências com o 3D (VEJA)

Daí a ideia de aproveitar o festival de rock – o que, além de propiciar uma boa experiência para a emissora, projetaria a Globo e seu 3D mundialmente. Além de o Rock in Rio ser uma marca internacional, já há transmissões esporádicas de concertos de rock ao vivo em salas de cinema. Ou seja: um passinho para a imagem tridimensional ao vido na telona.

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O que o telespectador com televisor 3D verá em sua sala será, na maior parte do tempo, um efeito “janela”, como se o desfile acontecesse para dentro do televisor. “Esse é o chamado paralaxe positivo, em que as imagens têm profundidade. Já o merchandising, os efeitos, o pandeirinho, vão sair da tela, com paralaxe negativo”, detalha José Dias.

O efeito que chama mais atenção no 3D, que é o de ‘saltar da tela’ será reservado para os anunciantes e para alguns momentos especiais do desfile, quando, por exemplo, os carros alegóricos estiverem no meio da avenida. Este será o resultado da imagem gerada por três câmeras que capturam imagens separadamente, para o olho direito e o olho esquerdo. Na verdade, cada câmera Full 3D é composta por dois equipamentos. No restante da avenida, as câmeras são normais, e o sinal é convertido para ter efeito tridimensional, com resultado mais suave.

Cautela – José Dias é o homem da Globo à frente dos estudos e testes com a tecnologia tridimensional. Foi ele quem pilotou no ano passado, na Sapucaí, os testes para a exibição de imagens 3D em camarotes e para convidados, em hotéis do Rio. A outra grande experiência com a tecnologia aconteceu na Copa do Mundo de 2010, com exibição fechada em cinemas.

“Avançar na direção do 3D exige muito estudo, muita pesquisa. Quando o 3D é malfeito, gera cansaço ao espectador, algo que não queremos”, afirma Dias. O cinema, como explica, é quem puxa a tecnologia, e o consagrado ‘Avatar’, de James Cameron, continua imbatível como melhor exemplo de uso da imagem tridimensional. “O espectador não percebe, mas há muitos momentos no filme em que a imagem é totalmente 2D. Isso foi pensado para não causar cansaço e, ao mesmo tempo, realçar o 3D nos momentos em que o diretor considerou por bem usá-lo”, analisa o diretor da Globo.

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