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George Martin, produtor dos Beatles, morre aos 90 anos

Por Da Redação
9 mar 2016, 07h31

O lendário produtor dos Beatles, George Martin, morreu nesta terça-feira aos 90 anos. O baterista da banda Ringo Starr anunciou, pelo Twitter, em primeira mão, a notícia, que foi logo confirmada pela assessoria de Martin.

De acordo com o jornal britânico The Guardian, Adam Sharp, que representa o produtor, afirmou em comunicado que Martin morreu em casa, sem dar detalhes sobre as circunstâncias. “Em uma carreira que durou sete décadas ele foi reconhecido globalmente como um dos talentos mais criativos da música e um cavalheiro até o fim da vida”, informa a nota.

Sir George Martin nasceu em 1926 no norte de Londres. Filho de um carpinteiro, ele estudou na prestigiada escola de música de Ghildhall e tocava oboé nos clubes noturnos. Aos 29 anos foi nomeado diretor da gravadora Parlophone, que em 1962 receberia os rapazes John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr.

Conhecido como o “quinto Beatle”, Martin foi o responsável por moldar o som da banda que se tornou uma das mais influentes potências da música. O trabalho com o quarteto fez de Martin um dos produtores mais bem-sucedido da história da indústria fonográfica. Ele foi incluído no Livro de Recordes Guinness por ter colocado mais de 50 discos no topo das paradas só nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha ao longo de cinco décadas. O músico produziu todos os álbuns dos Beatles, exceto o último, Let It Be, no qual Phil Spector assumiu o papel.

Martin tocou em várias canções da banda, como o piano em In My Life. Embora John Lennon tenha minimizado por vezes o papel do produtor, Martin acreditava que sem ele os Beatles teriam apresentado um som diferente. “Sem meus instrumentos e meus arranjos, a maioria dos discos não teria soado da mesma maneira. Se teriam sido melhores, não sei. Não é modéstia de minha parte, tento traçar uma imagem factual da relação com os Beatles”, disse Martin em certa ocasião.

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Depois que a banda se separou, Martin criou a Air Studios na ilha caribenha de Montserrat, que fechou em 1989 devido aos danos sofridos pelo furacão Hugo. Posteriormente trabalhou com outros artistas, como Bob Dylan, Sting e Elton John. Também gravou dois discos do ex-Beatle Paul McCartney, Tug of War e Pipes of Peace. Continuou compondo e trabalhando com organizações beneficentes de música até sua morte.

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Repercussão – Além de Ringo, outros amigos e fãs prestaram sua homenagem a Martin nas redes sociais. Sean Ono, filho de John Lennon e Yoko Ono, postou uma foto do produtor no Instagram com a legenda: “Descanse em paz, George Martin. Estou tão abalado que não encontro palavras”. O roqueiro Lenny Kravitz também se manifestou: “As lendas da música estão voltando para casa”. Boy George escreveu “George Martin. Cavalheiro e lenda”, enquanto Mark Ronson disse que Martin foi “o maior produtor de discos britânico de todos os tempos”.

Paul McCartney lamentou em seu site a morte do ex-produtor do grupo, afirmando que ele foi como um pai e que “se alguém mereceu o título de quinto Beatle era ele”. “Tenho lembranças maravilhosas deste grande homem que sempre estará comigo. Foi um autêntico cavalheiro e um segundo pai para mim”, escreveu McCartney.

Representantes políticos também prestaram tributo ao músico, caso do ministro da Cultura da Grã-Bretanha, John Whittingdale, ao dizer que Martin foi “um gênio criativo”. “Sir George Martin era um gigante da música – junto aos Fab Four criou a música pop mais duradoura do mundo”, escreveu no Twitter o primeiro-ministro britânico, David Cameron.

(com agências Estadão Conteúdo, Reuters e France-Presse)

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