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Gentili: Preferi Temer a Dilma porque era Halloween, não Finados

Para humorista, repercussão 'suave' da brincadeira mostra que a patrulha da esquerda diminuiu

Por Maria Carolina Maia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 1 nov 2016, 19h52 - Publicado em 1 nov 2016, 17h14

Em abril deste ano, enquanto o debate em torno do impeachment de Dilma Rousseff registrava picos de temperatura, o humorista Danilo Gentili torcia não apenas pela queda da petista — mas também pela possibilidade de fazer piada com Michel Temer como presidente. Na noite desta segunda-feira, ele se refestelou. Apareceu vestido como o próprio em seu late show, The Noite, no SBT, e contou ainda com a parceria do comediante Diguinho, caracterizado de Marcela Temer. Na linha típica do seu humor, que ele define como politicamente incorreto, fez piada com a idade de Temer, 76. “No meu primeiro Halloween no SBT, eu vim de Drácula. Neste ano, quis me fantasiar de alguém mais velho. Então, vim de Temer.” Ao comentar a fantasia de Diguinho, não perdoou a sua forma física: “Dava para amamentar uns três Michelzinhos”.

Feliz como uma criança depois de uma travessura (e de um truque), Danilo Gentili falou ao site de VEJA.

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Por que fantasia de Temer e não de Dilma? Porque era Halloween e não Dia de Finados.

Que outro político mereceria uma “homenagem” de Halloween? Todos são igualmente merecedores, eu não tenho monstrinho de estimação, não.

Como foi a repercussão da sua fantasia presidencial? Aconteceu algo fantástico ontem. Parece que voltou ao normal um humorista fazer piada com o presidente. Você acredita nisso? Depois de vinte anos, um humorista pode voltar a fazer piada com presidente. Demais isso. Tenho dez anos de carreira e essa é a primeira vez que acontece isso comigo. Eu brinquei com o presidente na TV e nas minhas redes sociais ontem e hoje não tinha nenhum telefonema de Brasília no meu emprego pedindo a minha cabeça e nenhum blogueiro pago com dinheiro de estatal escreveu nada descontextualizado a meu respeito para me tachar de machista, racista, fascista, nazista, trapezista, malabarista etc. Parece que encontrei esse tal limite de humor que a patrulha tanto propaga, e ele nunca teve a ver com desrespeito ou com “oprimir alguém”. Na real, você pode e deve fazer isso, desde que esse alguém seja alguém que a esquerda quer que seja. Sendo assim, posso falar o que quiser da Marcela Temer e jamais serei chamado de machista ou dirão que “faltei com o respeito”.

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Para você, é mais divertido trabalhar agora? Confesso que era mais gostoso fazer piada quando era “proibido”. Saber que eu causo raivinha na patrulha me dá certo tipo de satisfação ímpar. Taí uma boa fantasia de Halloween para o ano que vem. Em vez de politico, vou me fantasiar de Zumbi Patrulheiro do Politicamente Correto. Baterei na porta das pessoas e direi: “Mortadela ou travessuras?”.

Como João Doria Jr., você também gostaria de ser retratado por Romero Brito? Eu prefiro ser retratado por uma coreografia da Carreta Furacão (grupo de pegada humorística que resgatou o personagem Fofão e participou de vários protestos, quase como um meme da vida real). É assim que quero ser imortalizado. Espero que dancem isso no meu velório.

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