Madri, 27 jan (EFE).- Víctor García de la Concha se dedica há mais de 13 anos à língua espanhola em colaboração com as instituições hispano-americanas, e crê que este foi o principal motivo pelo qual o governo espanhol o nomeou nesta sexta-feira diretor do Instituto Cervantes.
‘O que está por trás da minha nomeação – disse García de la Concha em declarações à Agência Efe – é a visão da América e o fato de que o ensino da língua espanhola deve ser sempre enriquecido pela visão americana, e, portanto, é preciso trabalhar junto com eles’.
Diretor da Real Academia Espanhola de 1998 a 2010, García de la Concha potencializou durante seu mandato a relação com as academias hispano-americanas da língua espanhola, com as quais a RAE preparou obras tão importantes como o ‘Dicionário Pan-Hispânico de Dúvidas’, e a nova ‘Gramática da Língua Espanhola’.
‘O Cervantes tem como missão a difusão da língua e cultura espanhola, e o governo entende que neste quesito tenho uma ampla experiência acumulada. Seria egoísta da minha parte não aceitar essa proposta, pois posso servir ao país nesse sentido’, afirmou.
O esquema proposto pelo governo de Mariano Rajoy para o Cervantes é o mesmo pensado para o escritor peruano Mario Vargas Llosa, que na semana passada recusou a oferta feita pelo Executivo para presidir o instituto.
Ou seja, García de la Concha será o diretor da instituição, mas o trabalho executivo será encarregado a Rafael Rodríguez Ponga, que ocupou várias direções gerais em antigos governos conservadores, de acordo com fontes consultadas pela Efe.
García de la Concha recebeu na quinta-feira o convite do ministro das Relações Exteriores, José Manuel García Margallo, e lhe pediu algumas horas para refletir sobre a proposta, antes de aceitá-la na última hora da tarde. EFE