Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Fotos de Horacio Coppola destacam obras de Aleijadinho

Por Da Redação
17 jul 2012, 10h20

Por AE

São Paulo – O fotógrafo argentino Horacio Coppola (1906-2012) viveu muito, 106 anos. Transbordou o século e morreu no mês passado em Buenos Aires, onde vivia. A visão desse argentino de olhar diferenciado começa a se eternizar como método em 1927, quando ele, de forma autodidata, começa a fotografar, escorado nas experiências de Félix Nadar e Edward Weston. Em 1932, foi estudar na Escola Bauhaus, na Alemanha, onde permaneceu até seu fechamento pelos nazistas. Em 1935, retornou à Argentina e abriu um estúdio com sua mulher, a fotógrafa alemã Grete Stern (também uma exilada do nazismo).

Coppola tornou-se figura central da fotografia latino-americana, e seu conceito está concentrado em um livro publicado em 2007, “Visões de Buenos Aires” (IMS). Mas é no entrecruzamento de três culturas – a europeia, a latino-americana e o barroco brasileiro, muito específico – que uma nova apreciação do seu trabalho se faz possível. Em 1945, durante uma viagem a Minas Gerais, ele se deparou com a escultura de Aleijadinho, e iniciou estudos fotográficos da obra do mestre do barroco brasileiro.

Essas fotos estão na mostra “Luz, Cedro e Pedra – Esculturas do Aleijadinho Fotografadas por Horacio Coppola”. São 81 imagens, que fazem parte de um conjunto de 150 fotografias realizadas pelo artista em Sabará, Congonhas do Campo e Ouro Preto, entre outros lugares. Foram incorporadas à coleção do Instituto o Instituto Moreira Salles em 2007.

O curador da mostra, Luciano Migliaccio, conta que procurou escolher, do conjunto, fotos que representassem o ponto de vista expressivo do artista. “Eu acho que ele soube interpretar o caráter da estrutura do Aleijadinho, o caráter teatral, patético das imagens, o senso do monumental, do dramático. E também o caráter ornamental, não naturalista, mais expressionista, que modifica a sensação do espaço”, ponderou Migliaccio.

Continua após a publicidade

Migliaccio recorda que, no início dos anos 1930, Coppola já tinha interesse na fotografia interpretativa de obras de arte. “Ele já trabalhava dentro do ambiente de vanguarda parisiense”, lembra. Na Europa, o argentino tinha feito um livro sobre arte da Mesopotâmia que chegou a ser elogiado pelo artista plástico britânico Henry Moore (1898-1986).

O escultor Antonio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, foi considerado, por gente como o historiador de arte Germain Bazin e o escritor Dominique Fernandez, como um artista do porte de Michelangelo e Bernini. Nasceu em Ouro Preto em 1738 e morreu também ali, em 1814, filho ilegítimo do carpinteiro português Manuel Francisco Lisboa com sua escrava Isabel. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

LUZ, CEDRO E PEDRA

Instituto Moreira Salles (Rua Piauí, 844, 1º andar, Higienópolis). Tel. (011) 3825-2560. 3ª a 6ª, 13 h/ 19 h (sáb. e dom., 13 h/ 18 h). Grátis. Até 11/11. Abertura terça, 19h30, para convidados.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.