Filipinas revela sumiço de obras de Van Gogh e Picasso

Governo do país afirmou que não sabe o paradeiro dos 146 quadros, que haviam sido adquiridos por milhões de dólares por ex-ditador filipino

Por Da Redação
27 nov 2012, 08h25

O presidente da comissão responsável por tentar recuperar as obras, Andrés Bautista (France-Presse/VEJA)

O governo filipino informou nesta terça-feira que não sabe o paradeiro de 146 obras-primas, de artistas como Van Gogh e Picasso, adquiridas com fundos públicos pelo ex-ditador filipino Ferdinando Marcos.

“Os Marcos eram apaixonados por arte e gastaram milhões de dólares em quadros”, disse o presidente da comissão responsável por tentar recuperar as obras, Andrés Bautista. Segundo ele, as 146 obras sumidas, de Picasso, Van Gogh, Renoir, Rembrandt e Cézanne, podem estar em qualquer lugar.

A ex-secretária particular de Imelda Marcos, viúva do ex-ditador, foi indiciada na semana passada em Nova York por ter vendido ilegalmente obras de arte que pertenceram aos Marcos, incluindo um Monet negociado por 32 milhões de dólares em 2010.

Durante a presidência do marido, Imelda Marcos acumulou, com o uso de recursos públicos, uma ampla coleção de quadros. Muitas obras desapareceram após a queda de Marcos em 1986. A comissão presidencial sobre a boa governabilidade fez um inventário de 300 obras de artes adquiridas pela família Marcos com fundos filipinos. Metade das obras foi recuperada.

(Com agência France-Presse)