Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Filho de Pablo Escobar lista 28 erros na 2ª temporada de ‘Narcos’

Série da Netflix terá mais duas temporadas

Por Da redação
Atualizado em 13 set 2016, 16h34 - Publicado em 13 set 2016, 11h30

A segunda temporada de Narcos estreou no dia 2 de setembro e logo lançou em maratona centenas de fãs que ansiavam pelo final da história de Pablo Escobar. Uma pessoa, porém, não ficou muito contente com os fatos apresentados pela produção do brasileiro José Padilha para a Netflix. Sebastián Marroquín, filho do famoso traficante colombiano, escreveu um textão no Facebook contestando a veracidade de vários pontos dos novos episódios da série.

LEIA TAMBÉM:
Segunda temporada de ‘Narcos’ aprofunda debate moral
Há vida após Escobar: Netflix fará mais duas temporadas de Narcos
‘Narcos’ vira jogo para celular — com Wagner Moura barrigudo

“Compartilho aqui minha reflexão pessoal sobre a segunda temporada. Em nome do meu país e para honrar a verdade dos acontecimentos, sinto-me obrigado a expor os graves erros de uma série que se proclama como verdadeira, quando é muito longe disso, insultando a história de uma nação inteira e muitas vítimas e famílias”, escreve Marroquín na rede social antes de listar 28 fatos inverídicos inseridos na ficção da Netflix.

Confira abaixo a lista (editada por motivos de espaço e clareza) dos erros da segunda temporada apontados por Sebastian Marroquin, que lançou um livro sobre o tema, neste ano, intitulado Pablo Escobar – Meu Pai: as Histórias que Não Deveríamos Saber:

.

.

1 – Carlos Henao era o tio materno de Sebastián. Não era um traficante de drogas e nunca foi condenado na Colômbia ou em qualquer país.

Continua após a publicidade

2 – Escobar não era torcedor do Atlético Nacional, mas do Independiente Medellín.

3 – La Quica foi preso em Nova York no dia 24 de setembro de 1991, a tempo de escapar de Escobar da Catedral (julho de 1992).

4 – O confronto na fuga da Catedral não foi tão grande. Apenas um guarda da prisão morreu. Não houve conflito e Escobar não teve a ajuda da justiça para escapar.

5 – Limón era um trabalhador de Roberto ‘Osito’, irmão mais velho de Escobar, e trabalhou para ele como motorista por 20 anos. Não apareceu nem foi recrutado no final da história da família, mas há muitos anos.

6 – Não é verdade que Medellín e Cali negociaram para ficar em Miami e Nova York, respectivamente. A verdade é que até hoje o mercado de drogas continua grande e sempre haverá um déficit de traficantes de drogas. Os consumidores são milhões e estão dispostos a pagar o que for preciso para estar satisfeitos.

Continua após a publicidade

7 – A CIA não alertou os irmãos Castaños sobre Los Pepes. Foi Fidel Castaño quem decidiu, com a cumplicidade do cartel de Cali, autoridades locais e estrangeiros que fingiam não ver os milhares de crimes.

8 – A esposa de Escobar nunca comprou ou usou uma arma, e nunca chegou a atirar.

9 – Escobar não matou pessoalmente o Coronel Carillo, como mostra a série.

10 – Escobar decidiu perdoar a vida de Moncada no último minuto, mas quando a ordem para impedir o assassinato chegou, a morte já tinha encontrado ele.

11 – No final de seus dias, Escobar estava sozinho e não rodeado por seu grupo, como foi mostrado. Quase todos, com exceção de Angelito e Chopo, se renderam ou foram mortos.

Continua após a publicidade

12 – Não houve tal conforto nos dias após a fuga da Catedral. A família de Escobar viveu em favelas, não em mansões.

13 – “Leon” não viveu nos Estados Unidos e era um homem absolutamente fiel e corajoso a serviço de Escobar. Ele morreu depois de ser sequestrado e torturado pelos Castaños em Medellín.

14 – Escobar nunca ameaçou o povo de Cali. Ele divulgou um comunicado dizendo que sua esposa e parte de sua família também eram originalmente da área, e disse que não tinha nada contra os cidadãos.

15 – Ricardo Prisco já estava morto no momento em que é retratado. Ele tinha um irmão que era médico e um bom homem, mas estigmatizado pelas ações do irmão, porém, nunca fez parte do bando de Pablo.

16 – Escobar nunca atacou a filha de Gilberto Rodriguez em seu casamento ou qualquer membro de sua família.

Continua após a publicidade

17 – Escobar nunca obrigou a família a ficar com ele no subterrâneo.

18 – A família acompanhou Escobar em um único fuzilamento, mas não semelhante ao mostrado na série.

19 – O programa colocou que ataques com bombas ocorreram no ano de 1993, quando, de fato, aconteceu entre 1988 e 1989.

20 – A avó paterna de Sebastián traiu Escobar e aliou-se com seu filho mais velho, Roberto.

21 – A avó paterna de Sebastián também não viajou com a família para a Alemanha.

Continua após a publicidade

22 – Os procuradores colombianos não queriam ajudar tanto quanto mostra a série. O escritório estava completamente infiltrado pelo cartel de Cali.

23 – A esposa de Escobar nunca falou com Virginia Vallejo depois de terem escapado da Catedral. Fazia quase uma década que Escobar não tinha contato com Virginia, que era uma amante, ao mesmo tempo, dos chefes do cartel de Cali.

24 – No Hotel Tequendama, Escobar não enviou telefones à família, que usava o do local. Sebastian desligava cada vez que o pai ligava para protegê-lo, sabendo que poderia ser rastreado.

25 – Nenhum jornalista foi assassinado em frente ao Hotel Tequendama.

26 – Escobar nunca maltratou seus pais. Nunca existiu uma conversa nesse tom ou sentido.

27 – Depois que Escobar morreu, a mãe de Sebastián foi convocada para uma reunião com o cartel de Cali. Na cidade, havia mais de 40 grandes chefes da máfia da Colômbia do momento. A pessoa que a salvou foi Miguel Rodriguez, não Gilberto.

28 – Na série, a avó de Sebastián diz que a mãe dele é quem traiu o pai, quando na vida real foi a veterana e seus filhos que contataram o cartel de Cali

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.