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Fernando, o lobo travestido de príncipe do ‘BBB15’

Em um misto de conto de fadas e novela mexicana, o reality show da Rede Globo ganha mais um enredo: a rivalidade entre o vilão e a plebeia acusada cinicamente daquilo que ele faz muito bem, manipular

Por Amábile Reis
27 jan 2015, 15h20

Um lobo mau travestido de príncipe encantado, em um reino bizarro chamado Big Brother Brasil — esse poderia ser o prelúdio da história de Fernando na décima quinta edição do reality show da Globo. O carioca chegou ao programa com pinta de sangue-bom, mas aos poucos vai demonstrando que é mais esperto do que parece. Com atitudes estratégicas e discursos elaborados, o galã deixa ver a sua verdadeira personalidade, por trás das palavras doces e postura de super-herói. Nesta terça-feira, foi desmascarado de vez pela gaúcha Francieli, a quem ele acusou de manipulação e pôs no paredão — veja só — fazendo a cabeça do resto da casa para votar nela. “Você é um manipulador”, disse ela, na cara. Qual delas — qual das caras dele — não se sabe muito bem.

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Fernando já mudou de posição várias vezes em apenas uma semana. Logo no primeiro dia de confinamento, deu fortes investidas em Amanda. A “sister”, que só sabe dizer como nenhum homem a amou em sua vida, caiu nos encantos do rapaz, e ganhou até beijinhos nas costas dele, com quem dividiu a cama por duas noites. Foram abraços para lá, cantadas para cá. Tudo ia bem, até que uma loira apareceu e fez o relacionamento ruir. Aline, com aparência de “mocinha” de filmes do tipo pastelão, enfeitiçou o carioca e fez com que as máscaras dele começassem a cair. Mesmo depois de ter jurado de pés juntos e entre lágrimas para Amanda que nada iria acontecer com a caloura, ele não resistiu e ficou com ela. A casa, principalmente a ala feminina, se compadeceu da paulista. Desde então, como se fizesse parte do seriado Revenge, o participante teve atitudes hipócritas, uma atrás da outra.

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Para Fernando, a responsável pelo complô (que só existia na imaginação) contra a sua felicidade era Francieli. Na teoria da conspiração concebida pelo carioca, a conciliadora criminal gaúcha, por ser amiga de Amanda, teria feito a cabeça de todos a não aprovarem o caso dele com Aline. Com essa visão um tanto esquizofrênica em mãos, Fernando confundiu o BBB com uma novela mexicana e fez da destruição de Fran a sua jihad pessoal. Em pé num mastro, como se fosse um Messias com motivações patéticas, o candidato reuniu seus seguidores e, através de indiretas, deu suas ordens à plateia: domingo, o voto deles deveria ser na inimiga.

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O problema é que o voluntário do Afroreggae teve uma postura igual àquela que estava criticando. Ele acusava Francieli de influenciar os participantes sobre quem indicar para a berlinda. E, com hipocrisia, lá estava o carioca, agindo da mesma maneira. Para ele, a diferença era que seus motivos eram nobres. Para a curitibana, que enfrenta o “paredão” desta terça-feira, a realidade é outra: “Fernando é um dissimulado e um manipulador indireto”. Logo, logo, saberemos quem está com a razão.

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