Família de George Michael pede que fãs parem com tributos em suas casas
'Não podemos esperar que nossos vizinhos aceitem com normalidade que as lembranças sigam onde estão por mais tempo', diz mensagem no site do cantor
A família de George Michael, morto no Natal de 2016, pediu nesta quarta-feira que os fãs do cantor britânico retirem as homenagens depositadas diante de seus imóveis, em Londres e Oxfordshire. Em uma mensagem de tom carinhoso publicada no site oficial de Michael, suas irmãs, Melanie e Yioda, seu pai, Jack, e o amigo David Austin sustentam que é preciso devolver “ao seu simples estado anterior” as fachadas das casas no bairro londrino de Highgate e no povoado de Goring.
Às portas de ambas casas se acumulam há mais de um ano ramos de flores, fotos emolduradas e outros objetos deixados por visitantes oriundos de todas as partes do mundo. “Ficamos comovidos com os vários tributos realizados para lembrar Yog”, dizem no texto, citando o apelido familiar do cantor de origem greco-cipriota, cujo nome de nascimento era Georgios Kyriacos Panayiotou. “Os tributos nos lembram quanto ele era amado e quanta falta faz. No entanto, não podemos esperar que nossos vizinhos aceitem com normalidade que as lembranças sigam onde estão por mais tempo.”
A família pede aos interessados que retirem as oferendas antes do fim de semana de 26 e 27 de maio, deixando as que desejam que eles conservem, e antecipa que planejam realizar melhorias no muro e nos jardins das propriedades.
Os signatários lembram que “Yog gostava de privacidade, suas casas eram verdadeiros refúgios para ele (típico canceriano!)” e apontaram que não gostariam de “incomodar ou acabar com a calma que tanto apreciava”. Os parentes sugeriram às pessoas que queiram homenagear George Michael que se ofereçam como voluntários ou doem dinheiro a uma das organizações preferidas do artista.
A autópsia realizada após a morte determinou que o cantor, de 53 anos, faleceu por “causas naturais” — uma “cardiomiopatia dilatada com miocarditis” — em sua mansão de Goring, onde foi encontrado por seu companheiro, o libanês Fadi Fawad.
Michael vendeu durante sua carreira mais de 100 milhões de álbuns no mundo todo e foi uma das estrelas mais reconhecidas do mundo pop das décadas de 1980 e 90, primeiro como integrante do grupo “Wham!” e depois em carreira-solo.