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Família briga na justiça pela coleção Guggenheim

Acervo tem itens de Picasso, Miró, Matisse, Dalí, Pollock, entre outros artistas. Trinta e seis anos após a morte da criadora da coleção, seus descendentes lutam pelos direitos da obra e desafiam a gestão de sua coleção abrigada em um palácio veneziano

Por Da Redação
19 Maio 2015, 09h57

A americana Peggy Guggenheim foi uma das colecionadoras de arte mais célebres do século XX, quando reuniu obras de mestres contemporâneos como Picasso, Miró, Matisse, Dalí, Pollock, Magritte e Cocteau. Mas desde a sua morte, há 36 anos, seu acervo passou a ser gerido por herdeiros e tornou-se alvo de disputa. Um de seus netos vai agora entrar com ação na corte francesa para reivindicar a gestão da coleção, de acordo com o site do jornal britânico The Guardian, pois ela estaria sendo “corrompida” por um ramo da família.

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Os herdeiros que defendem a “pureza” da coleção de Peggy alegam que a mecenas concebeu o acervo como uma espécie de autobiografia visual e apontam para um acordo feito entre ela e o primo Harry Guggenheim, então presidente da fundação, para que o conjunto de obras fosse “mantido por inteiro e exposto no Palazzo, sem nenhum acréscimo”. Essa parte do clã afirma que obras de outras coleções hoje fazem parte da exposição permanente do Palazzo Venier, espaço escolhido pela mecenas para abrigar seu conjunto de peças, e que isto vai contra o objetivo original do acervo. Este ramo dos descendentes, liderado por Sandro Rumney e Nicolas Hélion, contratou oficiais da justiça para analisar o sistema de segurança do Palazzo e, em 2013, revelou que, das 181 obras expostas, 75 são na verdade da coleção Schulhof e foram postas ali por um casal de colecionadores americanos sem qualquer relação com Peggy.

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Para piorar a situação, a inscrição na fachada do museu do palácio agora inclui as palavras “Coleção Schulhof ” ao lado de “Coleção Peggy Guggenheim”. Isso dá munição para Sandro Rumney e Hélion dizerem que a fundação violou os acordos feitos com Peggy e acusarem o instituto de “cinismo comercial”.

A Fundação Guggenheim, contudo, recebe apoio de outros membros da família. Três netos e um bisneto estão ao lado do instituto e desenvolvem ações nele. Este grupo se diz orgulhoso de ter respeitado os desejos de Peggy mantendo por mais de 30 anos a sua coleção intacta e garantindo que o palácio fosse o “mais visitado museu de arte moderna e contemporânea na Itália”. Ainda defende que as alegações dos outros netos são infundadas.

Peggy Guggenheim tinha apenas 13 anos quando herdou a fortuna de seu pai, um magnata vitimado na tragédia do Titanic. Nos anos anteriores à guerra, ela investiu sua riqueza em arte contemporânea e comprou o Palazzo Venier dei Leoni, localizado no Grande Canal de Veneza, que se tornou o museu de arte moderna mais visitado da Itália. Quando ela se aproximava do final da vida, em 1979, entregou o palácio e a coleção de 326 obras para a Fundação Guggenheim Salomão, que tem sede em Nova York e, atualmente, está sob a direção do seu primo Harry Guggenheim.

(Da redação)

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