Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Entre a máfia e porcos: a história do roubo da obra natalina de Caravaggio

'Natividade com São Francisco e São Lourenço', desaparecida há quase 50 anos, integra a lista dos dez principais crimes de arte não resolvidos pelo FBI

Por Redação
Atualizado em 26 dez 2018, 19h03 - Publicado em 25 dez 2018, 15h47

Anualmente, na época do Natal, o quadro Natividade com São Francisco e São Lourenço é lembrado. A tela, pintada pelo italiano Caravaggio em 1609, retrata o nascimento de Jesus ao lado da Sagrada Família e dos santos Francisco e Lourenço. A Oobra foi furtada na década de 60, e até hoje o crime não foi solucionado.

Avaliada em 20 milhões de dólares, a pintura foi furtada do altar de um oratório em Palermo, capital da Sicília, em 1969. Um detalhe do crime chamou atenção: a obra foi perfeitamente retirada de sua moldura com uma faca, sem deixar nenhum vestígio, mesmo tendo 2,68 metros de altura por quase 2 metros de largura. Desde então, inúmeras versões sobre o que teria ocorrido circulam na imprensa, todas relatadas por antigos membros da máfia siciliana Cosa Nostra, apontada como a organização criminosa por trás do roubo.

Enquanto muitos ex-mafiosos afirmavam que a obra não existia em nenhuma forma reconhecível, outros chegaram a afirmar que ela estava exposta na sede da organização ou que o quadro havia sido vendido para o Estado italiano como forma de barganha por melhores condições carcerárias.

Uma das últimas pistas sobre o paradeiro de Natividade foi revelada em 2009 por Gaspare Spatuzza, ligado à Cosa Nostra. O homem informou às autoridades que, após o roubo, a obra foi escondida em um celeiro, onde acabou sendo comida por porcos e ratos e seus restos, queimados por membros da organização.

Continua após a publicidade

No entanto, uma declaração do início de 2018 deu novos ares ao clima desanimador de até então: Gaetano Grado, ex-membro da Cosa Nostra, afirmou ter participado do crime e entregou o quadro a Gaetano Badalamenti, poderoso chefe da organização na época. Em seguida, o homem teria levado a tela para a Suíça, onde um negociante de arte sugeriu que a obra fosse cortada em partes para ser vendida discretamente.

Investigadores da Comissão Antimáfia italiana foram à Suíça e ao Leste Europeu em busca de pistas que possam ajudar a encontrar a obra, que faz parte da lista dos dez principais crimes de arte não resolvidos do FBI. Apesar de ser mais uma versão, a esperança de recuperar a obra e recompor o altar do Oratório de São Lourenço, que ganhou uma versão digital do quadro em 2015 por uma empresa espanhola, dá o ânimo necessário para prosseguir a investigação quase meio século após o desaparecimento.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.