Teve novo episódio, nesta quarta-feira, a briga entre o ator Reynaldo Gianecchini e seu ex-empresário, Daniel Ferreira de Mattos. O empresário havia entrado com um mandado de segurança para readquirir o direito de negociar a cobertura doada a ele pelo ator em 2008, e conquistou uma segunda vitória contra a tentativa, feita por Gianecchini no início do ano, de suspender esse direito – a primeira ocorreu em maio. Mas a guerra continua. José Mauro Couto de Assis Filho, advogado do ator, avisa que irá recorrer da decisão, tomada pelo Tribunal de Justiça do Rio. “Vamos entrar com um recurso em Brasília, no Supremo Tribunal de Justiça.”
Para Assis Filho, ainda que o Tribunal de Justiça do Rio tenha tomado uma decisão que permite a Mattos negociar o apartamento, localizado na Barra da Tijuca, é difícil que ele o faça. “Há uma disposição que diz que, se você vende os seus bens sendo alvo de um processo de prestação de contas, você pode ser acusado de fraude ao seu credor. Gianecchini tem um processo de prestação de contas contra Mattos, além de um processo por multa contratual.” De acordo com Mattos, o ator rescindiu contrato porque o empresário não executava as tarefas para as quais teria sido contratado. “Ele desapareceu com documentos e utilizou valores financeiros sem explicar a destinação dada a eles.”
Apesar dos processos que correm, a advogada Fátima Mader, representante de Mattos, se mostra contente com a decisão desta quarta. “Meu cliente está feliz, porque está mostrando a verdade dele”, diz Fátima, do escritório Mader e Pereira Advogados.
Mattos afirma ter recebido o apartamento como presente de Gianecchini, com quem teria uma relação mais que comercial. A tese vem sendo negada pelos advogados do ator. “Isso não é verdade”, disse em maio Assis Filho a VEJA.com. “Mattos era um representante de Gianecchini, a quem ele confiou o apartamento para que fosse vendido. Gianecchini está apreensivo com toda essa história, que ele quer ver esclarecida logo.”