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Em ‘Bangerz’, Miley Cyrus vai de diva triste a cachorra do funk

Em quarto álbum de estúdio, cantora mistura estilos, sofre as dores do fim de um relacionamento e tenta mostrar que tem mais atributos do que o rebolado que chocou o VMA

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 8 out 2013, 09h14
Capa do disco 'Bangerz', o quarto de estúdio da cantora Miley Cyrus
Capa do disco ‘Bangerz’, o quarto de estúdio da cantora Miley Cyrus (VEJA)

Miley Cyrus já experimentou de tudo um pouco. De ídolo infantil da Disney a nova garota-problema do mundo pop, a cantora de 20 anos agora diz saber quem é e o que quer da vida. Bangerz, disco que ela liberou para degustação no iTunes na última terça-feira e coloca hoje à venda, parece mostrar que isso é verdade. Distinto de seus trabalhos anteriores, o quarto álbum de estúdio marca uma virada na carreira de Miley.

Ainda que seja entendida como um prenúncio da transformação que estava por vir, nem a metamorfose enfrentada pela ex-Hannah Montana no clipe de Can’t Be Tamed, de 2010, pode ser comparada a esta nova fase. Crescida, mas não necessariamente madura, a jovem apresenta canções variadas, que mesclam hip hop, rap, eletrônica e até uma pitada country, estilo já testado por ela e em boa fase comercial nos Estados Unidos – vide Taylor Swift.

No geral, Bangerz mostra que, não fosse pelo incansável flerte com a baixaria, Miley poderia ser uma diva da música, com vocais afinados e uma interessante mistura de estilos. Ao contrário de outras intérpretes pop como Katy Perry e Rihanna, ela sabe cantar e tem talento claro. Um bom primeiro passo para se tornar diva seria a jovem parar de achar que é uma rapper, ou uma cachorra do funk, e desistir de copiar Britney Spears – que já não tinha nada de original, porque copiava Madonna. A parceria das duas na música SMS (Bangerz), aliás, é a grande concorrente ao título de pior faixa do disco, ao lado de Love Money Party e Do My Thang. Todas dispensáveis.

Em contrapartida, algumas canções são mais palatáveis do que o esperado, e até criativas, como 4×4, parceria com o rapper Nelly, que mistura batidas urbanas com um fundo country. Apesar de improvável, a mescla é boa e a música, que vem depois do dueto com Britney, reanima o ouvinte a seguir até o fim do disco.

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Entre as boas canções capazes de marcar a memória de quem ouve, está Wreckin Ball, música vigorosa – embora igual a muitos hits pop – sobre o fim de um relacionamento, que acabou ofuscada pela nudez da cantora no videclipe. Ali, Miley aparece sem roupa sobre uma bola de ferro dessas de demolição. A oitava faixa, #GETITRIGHT, também merece destaque. Ela tem a essência do estilo pop: divertida e com letra picante, lembra Blurred Lines, sucesso de Robin Thicke, cantor com quem Miley se esfregou enquanto rebolava na apresentação do Video Music Awards (VMA) este ano. Aliás, ambas foram produzidas pelo músico Pharrell Williams, o que pode explicar a qualidade.

Canção do amor demais – A lenta ruína do noivado com o ator Liam Hemsworth também parece ter influenciado algumas faixas do álbum. A dor de cotovelo rola solta em My Darlin’ e em FU, em que Miley não economiza ao falar mal de alguém que a traiu e quebrou seu coração. “I told you I was weak for love/ but then you went around/ And did what you wanted to do/ And now I’m crying crying” (“Eu te disse que eu era fraca para amar/ mas você chegou/ E fez o que quis/ E agora eu estou chorando, chorando”), diz a letra.

Um pouco mais depressiva é Maybe You’re Right, canção que fala da morte de um relacionamento que nunca deveria ter nascido. Aqui, Miley aposta nos vocais potentes, grita, se emociona, e grita novamente. O ritmo se desvia das batidas dançantes para mostrar o lado diva do soul que a cantora guarda escondido dentro de si.

Por fim, a faixa Someone Else fala sobre a transformação da cantora em outra pessoa. O motivo? Um amor que partiu e levou com ele a capacidade que ela tinha de amar e de sentir compaixão. Tão triste quanto Wreckin Ball. Logo, mais um clipe de chororô e nudez pode estar a caminho.

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Britney Spears no VMA de 2000 e Miley Cyrus no VMA de 2013
Britney Spears no VMA de 2000 e Miley Cyrus no VMA de 2013 (VEJA)

Britney Spears no VMA de 2000 e Miley Cyrus no VMA de 2013
Britney Spears no VMA de 2000 e Miley Cyrus no VMA de 2013 (VEJA)

Britney Spears no VMA de 2000 e Miley Cyrus no VMA de 2013
Britney Spears no VMA de 2000 e Miley Cyrus no VMA de 2013 (VEJA)

Britney Spears no VMA de 2000 e Miley Cyrus no VMA de 2013
Britney Spears no VMA de 2000 e Miley Cyrus no VMA de 2013 (VEJA)

Britney Spears no VMA de 2000 e Miley Cyrus no VMA de 2013
Britney Spears no VMA de 2000 e Miley Cyrus no VMA de 2013 (VEJA)

Britney Spears no VMA de 2000 e Miley Cyrus no VMA de 2013
Britney Spears no VMA de 2000 e Miley Cyrus no VMA de 2013 (VEJA)

Britney Spears no VMA de 2000 e Miley Cyrus no VMA de 2013
Britney Spears no VMA de 2000 e Miley Cyrus no VMA de 2013 (VEJA)

https://www.youtube.com/embed/MqMEcSAdUTw
Britney Spears no VMA 2000

Confira a apresentação de Britney no VMA que serviu de modelo à de Miley.

https://www.youtube.com/embed/y8CcKA-3ER0
Miley Cyrus no VMA 2013

Reveja o show de Miley Cyrus na festa da MTV.

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